Como escolher um psiquiatra?

Isso não é fácil e não pretendemos aqui fornecer uma fórmula mágica, mas algumas dicas podem te ajudar bastante.

O psiquiatra ideal

  1. Deve estar pessoalmente interessado na resolução do seu problema.
  2. Tem que ter bons conhecimentos técnicos e estar atualizado.
  3. Atender calmamente como pelo menos 30 minutos na primeira consulta.
  4. Olhar nos olhos do seu paciente.
  5. Estar informado a respeito das condições clínicas e pessoais de seus pacientes asssim como dos acontedimentos relevantes como condições familiares, financeiras, ideais de vida, relações afetivas, problemas das pessoas próximas como uso de drogas na familia.
  6. Ser gentil e educado.
  7. Não atrasar o horário de atendimento.
  8. Preço da consulta entre R$ 120,00 e R$ 220,00. (grandes centros urbanos)
  9. Ser acessível por telefone fora dos horários de atendimento, sem contudo permitir abusos por parte dos pacientes pois isso seria ruim para eles mesmos.

Não é nenhum absurdo exigir tudo isso de seu psiquiatra, mas se não for possível todas as 9, pelo menos as 5 primeiras não devem faltar.

Como encontrar um psiquiatra assim?

Os principais meios de se chegar a um psiquiatra são:

  1. Através de outro médico.
  2. Através de um psicólogo.
  3. Através do plano de saúde.
  4. Através de um conhecido/parente
  5. Através de propagandas em jornais, internet, listas telefônicas

Esses meios de se encontrar um psiquiatra são confiáveis?

São equivalentes, geralmente existe uma tranquilidade maior quando o psiquiatra é recomendado por alguém de confiança, principalmente um outro profissional, mas isso não necessariamente garante a competência do psiquiatra indicado. Há vários motivos que levam a uma indicação. Um médico que indique outro pode simplesmente cumprindo um trato, fazendo um favor, outros motivos alheios aos interesses do paciente. O mesmo se passa quanto ao psicólogo. Os planos de saúde não verificam a competência dos profissionais que credenciam, no máximo analisam os títulos e curriculum. Há casos de planos de saúde que credenciaram pessoas que não eram médicos mas se faziam passar por. A indicação de um parente ou conhecido é menos comprometido e mais confíavel até certo ponto, pois a parcialidade do parente pode impedí-lo de ver claramente quem é seu médico. Não há nada de errado em procurar um médico através dos meios de divulgação, há sim preconceitos. Dizer para alguém que está indo num médico que conheceu através das páginas amarelas é uma verdadeira vergonha para quem diz, quando na verdade pode estar encontrando alguém com todos os quesitos acima mencionados. Um médico que precise divulgar seu nome está simplesmente admitindo que precisa ser conhecido. Um médico recém formado que já entre no mercado cheio de indicações ou é genial e vai cobrar uma conulta caríssima ou tem muitos pistolões que garante o preenchimento dos seus horários sem garantir sua competência.
A questão de se encontrar um bom médico não é fácil. Infelizmente sei que aqui criei mais dúvidas do que certezas, mas quero pelo menos alertar para os verdadeiros parâmetros de acerto. O ideal seria que pudéssemos acertar o médico antes da primeira consulta, isso não é possível, só saberemos se acertamos depois de estarmos em consulta, nisso também me incluo porque além de médico, sou paciente.

Os indicativos abaixo identificam um bom psiquiatra?

Nenhuma dessas condições garante a competência como psiquiatra para tratar do seu caso, pode aferir competência como diretor, proferssor ou presidente, mas também não é nenhum demérito ter esses títulos. O consultório cheio para um profissional com décadas de carreira mostra que ele se dedica a isso, se não for uma pessoa famosa certamente o retorno é feito através dos próprios paciente que estão retornando o que é bom sinal. Se o consultório está cheio porque ele é badalado nos meios de comunicação então nada se pode afirmar uma vez que a população brasileira tende a acreditar no que aparece nos jormais ou TV. Trabalhar em hospítais é sempre um ponto positivo, mas não trabalhar não é ponto negativo.

Questões específicas.

A aparência conta? Sim. O médico ou o psicólogo deve apresentar-se bem vestido e com aspecto limpo. O médico desleixado quanto a aparência com barba por fazer, cabelos despenteados ou outros aspectos inusuais em ambientes de trabalho significam que ele não está se importando com o paciente. A aparência não é tudo mas é importante e fala a respeito do profissional, assim como o excesso também não é bom sinal. Um profissional excessivamente bem produzido pode levantar suspeitas porque estaria querendo desviar a atenção do atendimento para a aparência ou simplesmentente manifestar a vaidade pessoal, ambas finalidades são indesejáveis. A seriedade do profissional começa a ser transmitida pela sua indumentária.

Atitude sedutora por parte do profissional. Isso não é admissível e considerado anti-ético. Se um profissional se interessa amorosamente pelo(a) paciente poderá falar sobre isso abertamente e encaminhá-lo(a) a outro profissional interrompendo o tratamento, correndo o risco de ser ou não correspondido pelo(a) cliente. O profissional não pode usar sua posição para valer-se da fragilidade do cliente. Os motivos que levam o profissional a adotar um comportamento sedutor são vários, os mais comuns são interesse sexual propriamente dito, interesses financeiros com a finalidade de não perder o cliente e consequentemente seus pagamentos. Nessas situações dificilmente chega-se a um ato sexual propriamente dito. Essas seduções podem ser discretas como a forma de falar, frases com duplos sentidos, expressões próprias do ambiente amoroso, olhares etc que compõem um ambiente tal que pode cativar o cliente, sem que ele perceba mas julgue que seu terapeuta é muito bonzinho(a) enquanto é mantido em atendimento ainda que não apresente a melhora que deveria estar tendo pelo menos com outro profissional.

Atitude sedutora por parte do cliente. As especialidades de psiquiatria e psicologia estão particularmente sujeitas a isso e os profissionais têm seus meios de contornar a situação. Se não conseguem fazê-lo, deixando-se seduzir pelo cliente então não estão prontos para a realização de sua profissão.