Isso não é fácil e não pretendemos aqui fornecer uma fórmula mágica, mas algumas dicas podem te ajudar bastante.
Não é nenhum absurdo exigir tudo isso de seu psiquiatra, mas se não for possível todas as 9, pelo menos as 5 primeiras não devem faltar.
Os principais meios de se chegar a um psiquiatra são:
São equivalentes,
geralmente existe uma tranquilidade maior quando o psiquiatra é recomendado
por alguém de confiança, principalmente um outro profissional,
mas isso não necessariamente garante a competência do psiquiatra
indicado. Há vários motivos que levam a uma indicação.
Um médico que indique outro pode simplesmente cumprindo um trato, fazendo
um favor, outros motivos alheios aos interesses do paciente. O mesmo se passa
quanto ao psicólogo. Os planos de saúde não verificam a
competência dos profissionais que credenciam, no máximo analisam
os títulos e curriculum. Há casos de planos de saúde que
credenciaram pessoas que não eram médicos mas se faziam passar
por. A indicação de um parente ou conhecido é menos comprometido
e mais confíavel até certo ponto, pois a parcialidade do parente
pode impedí-lo de ver claramente quem é seu médico. Não
há nada de errado em procurar um médico através dos meios
de divulgação, há sim preconceitos. Dizer para alguém
que está indo num médico que conheceu através das páginas
amarelas é uma verdadeira vergonha para quem diz, quando na verdade pode
estar encontrando alguém com todos os quesitos acima mencionados. Um
médico que precise divulgar seu nome está simplesmente admitindo
que precisa ser conhecido. Um médico recém formado que já
entre no mercado cheio de indicações ou é genial e vai
cobrar uma conulta caríssima ou tem muitos pistolões que garante
o preenchimento dos seus horários sem garantir sua competência.
A questão de se encontrar um bom médico não é fácil.
Infelizmente sei que aqui criei mais dúvidas do que certezas, mas quero
pelo menos alertar para os verdadeiros parâmetros de acerto. O ideal seria
que pudéssemos acertar o médico antes da primeira consulta, isso
não é possível, só saberemos se acertamos depois
de estarmos em consulta, nisso também me incluo porque além de
médico, sou paciente.
Os indicativos abaixo identificam um bom psiquiatra?
Nenhuma dessas condições garante a competência como psiquiatra para tratar do seu caso, pode aferir competência como diretor, proferssor ou presidente, mas também não é nenhum demérito ter esses títulos. O consultório cheio para um profissional com décadas de carreira mostra que ele se dedica a isso, se não for uma pessoa famosa certamente o retorno é feito através dos próprios paciente que estão retornando o que é bom sinal. Se o consultório está cheio porque ele é badalado nos meios de comunicação então nada se pode afirmar uma vez que a população brasileira tende a acreditar no que aparece nos jormais ou TV. Trabalhar em hospítais é sempre um ponto positivo, mas não trabalhar não é ponto negativo.
A aparência conta? Sim. O médico ou o psicólogo deve apresentar-se bem vestido e com aspecto limpo. O médico desleixado quanto a aparência com barba por fazer, cabelos despenteados ou outros aspectos inusuais em ambientes de trabalho significam que ele não está se importando com o paciente. A aparência não é tudo mas é importante e fala a respeito do profissional, assim como o excesso também não é bom sinal. Um profissional excessivamente bem produzido pode levantar suspeitas porque estaria querendo desviar a atenção do atendimento para a aparência ou simplesmentente manifestar a vaidade pessoal, ambas finalidades são indesejáveis. A seriedade do profissional começa a ser transmitida pela sua indumentária.
Atitude sedutora por parte do profissional. Isso não é admissível e considerado anti-ético. Se um profissional se interessa amorosamente pelo(a) paciente poderá falar sobre isso abertamente e encaminhá-lo(a) a outro profissional interrompendo o tratamento, correndo o risco de ser ou não correspondido pelo(a) cliente. O profissional não pode usar sua posição para valer-se da fragilidade do cliente. Os motivos que levam o profissional a adotar um comportamento sedutor são vários, os mais comuns são interesse sexual propriamente dito, interesses financeiros com a finalidade de não perder o cliente e consequentemente seus pagamentos. Nessas situações dificilmente chega-se a um ato sexual propriamente dito. Essas seduções podem ser discretas como a forma de falar, frases com duplos sentidos, expressões próprias do ambiente amoroso, olhares etc que compõem um ambiente tal que pode cativar o cliente, sem que ele perceba mas julgue que seu terapeuta é muito bonzinho(a) enquanto é mantido em atendimento ainda que não apresente a melhora que deveria estar tendo pelo menos com outro profissional.
Atitude sedutora por parte do cliente. As especialidades de psiquiatria e psicologia estão particularmente sujeitas a isso e os profissionais têm seus meios de contornar a situação. Se não conseguem fazê-lo, deixando-se seduzir pelo cliente então não estão prontos para a realização de sua profissão.