PSIQUIAL (Merck)

Cloridrato de fluoxetina

Composição
Cada comprimido contém: Cloridrato de fluoxetina equivalente a 20 mg de fluoxetina.

Indicações
O cloridrato de fluoxetina é indicado no tratamento da depressão maior e da bulimia nervosa. Depressão maior: Um episódio depressivo maior implica humor deprimido ou disfórico, proeminente e persistente, que usualmente interfere na atividade diária (aproximadamente todo dia, durante pelo menos duas semanas), e deverá incluir ao menos quatro dos seguintes sintomas: alteração no apetite, alteração no sono, agitação psicomotora ou retardamento, perda de interesse nas atividades normais ou diminuição no apetite sexual, cansaço excessivo, sentimento de culpa ou inutilidade, redução na capacidade de pensar ou se concentrar, e tentativa ou vontade de cometer suicídio. Pacientes de ambulatório: A eficácia do cloridrato de fluoxetina foi demonstrada em estudos clínicos com duração de 5 a 6 semanas em pacientes deprimidos de ambulatório cujos diagnósticos correspondiam à categoria de distúrbio depressivo maior do Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais, 3ª edição, revisada (DSM-III-R). Pacientes hospitalizados: A ação antidepressiva do cloridrato de fluoxetina em pacientes deprimidos hospitalizados não foi ainda adequadamente estudada. Tratamento a longo prazo: A eficácia do cloridrato de fluoxetina para tratamento a longo prazo, ou seja, por mais de 5 ou 6 semanas, não foi sistematicamente avaliada em pesquisas clínicas controladas. Dessa maneira, o médico que prescrever o uso de fluoxetina por períodos prolongados deve reavaliar periodicamente a utilidade a longo prazo da droga para cada paciente. Bulimia nervosa: É caracterizada pelos seguintes critérios do DSM-III-R: a. Episódios recorrentes de comer excessivo (consumo rápido de uma grande quantidade de alimento em um discreto período de tempo). b. Um sentimento de perda de controle sobre o hábito de comer durante o comer excessivo. c. Recorrer regularmente a indução de vômito, uso de laxativos ou diuréticos, dieta rigorosa ou jejum, ou exercícios vigorosos para evitar ganho de peso. d. Uma média mínima de dois episódios de comer excessivo por semana por pelo menos três meses. e. Uma preocupação persistente com a estética corporal e o peso. Pacientes de ambulatório: Em dois estudos clínicos controlados, duplo-cegos e randômicos com pacientes portadores de bulimia nervosa, o cloridrato de fluoxetina demonstrou significativa diminuição da atividade do comer excessivo e vomitar, quando foi comparado com o placebo. Pacientes hospitalizados: A eficácia do cloridrato de fluoxetina em pacientes bulímicos hospitalizados não foi ainda adequadamente estudada. Tratamento a longo prazo: A eficácia do cloridrato de fluoxetina para uso a longo prazo, isto é, por mais de 8 semanas, não foi sistematicamente avaliada em estudos controlados. Portanto o médico que eleger o uso do cloridrato de fluoxetina para períodos longos deverá reavaliar periodicamente a utilidade da droga a longo prazo para cada paciente.

Contra-indicações
O produto é contra-indicado a pacientes hipersensíveis ao cloridrato de fluoxetina ou a qualquer um dos excipientes. Inibidores da monoaminoxidase: Tem havido relatórios de reações graves e algumas vezes fatais (tais como hipertermia, rigidez, mioclonia, instabilidade autonômica com possíveis flutuações rápidas dos sinais vitais e variações no estado mental, incluindo agitação extrema progredindo ao delírio e ao coma) em pacientes que estão recebendo fluoxetina em combinação com inibidor da MAO ou que interromperam recentemente o uso da fluoxetina e iniciaram o tratamento com um inibidor da MAO. Alguns casos apresentaram aspectos semelhantes à síndrome maligna por neurolépticos. Portanto o cloridrato de fluoxetina não deve ser usado em combinação com um inibidor da MAO ou dentro de 14 dias entre a suspensão do tratamento com um inibidor da MAO. Uma vez que a fluoxetina e seu metabólito principal têm meias-vidas de eliminação muito longas, deve-se deixar um intervalo de pelo menos cinco semanas entre a suspensão do cloridrato de fluoxetina e o início do tratamento com um inibidor da MAO.

Advertências
Erupções de pele e possibilidade de reações alérgicas: Durante os testes de pré-marketing, nos Estados Unidos, a fluoxetina foi administrada a mais de 5.600 pacientes e aproximadamente 4% desenvolveram erupção de pele e(ou) urticária. Entre estes casos, quase 1/3 foi retirado da pesquisa devido a estas reações e(ou) sinais e sintomas clínicos associados à erupção. Os achados clínicos relatados incluem febre, leucocitose, artralgia, edema, síndrome do túnel do carpo, distúrbio respiratório, linfadenopatia, proteinúria e elevação leve da transaminase. A maioria dos pacientes se recuperou prontamente após interrrupção da fluoxetina e(ou) tratamento adicional com anti-histamínicos ou corticosteróides, e todos os pacientes se recuperaram completamente. Nos estudos clínicos de pré-marketing, dois pacientes desenvolveram uma grave doença cutânea sistêmica. Em nenhum deles houve diagnóstico inequívoco, porém um foi considerado como tendo uma vasculite leucocitoblástica e o outro, uma síndrome descamativa grave que foi considerada uma vasculite ou eritema multiforme. Diversos outros pacientes apresentaram síndromes sistêmicas sugerindo doença do soro. Desde a introdução do cloridrato de fluoxetina, reações sistêmicas, possivelmente relacionadas com vasculite, desenvolveram-se em pacientes com erupção cutânea. Apesar dessas reações serem raras, podem ser graves, envolvendo pulmão, rins e fígado. Foi relatada ocorrência de morte relacionada com essas reações sistêmicas. Foram relatadas reações anafilactóides, incluindo broncoespasmo, angioedema e urticária, isoladas ou combinadas. Raramente foram relatadas reações pulmonares, incluindo processos inflamatórios de histopatologia variável e(ou) fibrose. Essas reações ocorreram com dispnéia como o único sintoma precedente. Se essas reações sistêmicas e erupções de pele têm uma causa comum ou são devidas a etiologias e(ou) processos patogênicos diferentes é desconhecido. Além disso, uma base imunológica específica para essas reações adversas não foi ainda identificada. Após o aparecimento de erupção cutânea ou de outra reação alérgica para a qual uma alternativa etiológica não seja identificada, o cloridrato de fluoxetina deve ser suspenso.

Precauções
Ansiedade e insônia: Ansiedade, nervosismo e insônia foram relatados por 10 a 15% dos pacientes tratados com o cloridrato de fluoxetina. Estes sintomas acarretaram interrupção do tratamento em 5% dos pacientes. Alteração do apetite e do peso: Anorexia e perda de peso significativos podem ser efeitos indesejáveis no tratamento com cloridrato de fluoxetina. Em pesquisas clínicas controladas, aproximadamente 9% dos pacientes tratados com cloridrato de fluoxetina apresentaram anorexia. Esta incidência foi aproximadamente seis vezes maior do que a observada com placebo. Uma perda de peso maior do que 5% do peso corporal ocorreu em 13% dos pacientes tratados com cloridrato de fluoxetina, comparada com 4% com placebo e 3% com antidepressivos tricíclicos. Contudo só raramente o tratamento com cloridrato de fluoxetina foi interrompido por perda de peso. Ativação de mania/hipomania: Durante os testes de pré-marketing, hipomania ou mania ocorreram em aproximadamente 1% dos pacientes tratados com fluoxetina. A ativação de mania/hipomania foi também relatada em uma pequena porção de pacientes com doença afetiva maior tratada com outros antidepressivos. Convulsões: Doze entre mais de 6.000 pacientes avaliados em todo o mundo durante os testes de pré-marketing experimentaram convulsões (ou manifestações descritas como convulsões), um índice de 0,2%, que parece ser similar àquele relacionado com outros antidepressivos. O cloridrato de fluoxetina deve ser administrado com cuidado a pacientes com história de convulsões. Suicídio: A possibilidade de uma tentativa de suicídio é inerente à depressão e pode persistir até que ocorra remissão significativa. Uma supervisão constante aos pacientes de alto risco deverá ser feita no início do tratamento com o produto. As prescrições para o cloridrato de fluoxetina devem ser feitas na menor quantidade de cápsulas, para diminuir o risco de superdosagem. Meia-vida de eliminação prolongada da fluoxetina e seus metabólitos: Devido às meias-vidas prolongadas da fluoxetina (2-3 dias) e de seu principal metabólito ativo, a norfluoxetina (7-9 dias), as alterações na dose não irão se refletir nos níveis plasmáticos por diversas semanas, dificultando tanto a titulação da dose final quanto a interrupção do tratamento (ver Ações farmacológicas e Posologia). Uso em pacientes com doenças concomitantes: São limitadas as experiências clínicas com o cloridrato de fluoxetina em pacientes com doenças sistêmicas concomitantes. É aconselhável precaução no uso do cloridrato de fluoxetina em pacientes com doenças ou condições que podem afetar o metabolismo ou respostas hemodinâmicas. A fluoxetina não foi avaliada ou usada em pacientes com história recente de infarto do miocárdio ou doença cardíaca instável. Pacientes com estes diagnósticos foram sistematicamente excluídos dos estudos clínicos durante os testes de pré-marketing. Contudo os eletrocardiogramas de 312 pacientes que receberam cloridrato de fluoxetina em estudos duplo-cegos foram retrospectivamente avaliados. Não foram observadas anormalidades que resultassem em bloqueio cardíaco. A freqüência cardíaca média foi reduzida em aproximadamente 3 batimentos/minuto. Em pacientes com cirrose hepática, os clearances da fluoxetina e do seu metabólito ativo, a norfluoxetina, foram diminuídos, aumentando, portanto, as meias-vidas dessas substâncias. Uma dose menor ou menos freqüente deve ser usada em pacientes com cirrose. Uma vez que a fluoxetina é quase totalmente metabolizada, a sua excreção inalterada na urina é muito pequena. Portanto, até que um número adequado de pacientes com insuficiência renal grave seja avaliado durante um tratamento prolongado com fluoxetina, esta deverá ser usada com cuidado em tais pacientes. Em pacientes com diabetes, o cloridrato de fluoxetina pode alterar o controle da glicemia. Ocorreu hipoglicemia durante a terapia com o cloridrato de fluoxetina e hiperglicemia após a suspensão do medicamento. Como acontece com muitos tipos de medicamentos quando administrados a pacientes diabéticos, a dose de insulinas e(ou) antidiabéticos orais deve ser ajustada quando for instituído o tratamento com o cloridrato de fluoxetina e após a sua suspensão. Interferência nos desempenhos cognitivo e motor: Qualquer droga psicoativa pode prejudicar o julgamento, pensamento ou ação, e os pacientes devem ser alertados quanto a operar máquinas e dirigir automóveis, até que tenham certeza de que seu desempenho não foi afetado. Testes de laboratório: Não há teste de laboratório específico recomendado. Toxicologia animal: Os fosfolipídios estão aumentados em alguns tecidos de camundongos, ratos e cães após administração prolongada de fluoxetina. Este efeito é reversível com a interrupção do tratamento. O acúmulo de fosfolipídios em animais foi observado com muitas drogas catiônicas anfifílicas, incluindo fenfluramina, imipramina e ranitidina. O significado deste efeito em seres humanos é desconhecido. Carcinogênese, mutagênese e danos à fertilidade: Não há evidências de carcinogenicidade, mutagenicidade ou danos à fertilidade com o cloridrato de fluoxetina. A administração de fluoxetina a ratos e camundongos durante dois anos, em níveis equivalentes a 7,5 e 9,0 vezes a dose máxima para seres humanos (80 mg), respectivamente, não produziu evidência de carcinogenicidade. Foi demonstrado que a fluoxetina e a norfluoxetina não têm efeitos genotóxicos sobre os seguintes ensaios: ensaio de mutação bacteriana, ensaio de reparo de ADN em cultura de hepatócitos de ratos, ensaios de linfoma de camundongo e no ensaio da troca de cromátides irmãs in vivo nas células da medula óssea do hamster chinês. Dois estudos de fertilidade efetuados em ratos, com doses de aproximadamente 5 e 9 vezes a dose máxima para seres humanos (80 mg), indicaram que a fluoxetina não tem efeito adverso sobre a fertilidade. Uma leve redução na sobrevivência neonatal foi notada provavelmente associada à diminuição do consumo maternal de alimento e supressão de ganho de peso. Gravidez - efeitos teratogênicos: Estudos de reprodução foram realizados em ratos e coelhos, com doses de 9 e 11 vezes a dose máxima diária em seres humanos (80 mg) respectivamente, e revelaram que não há nenhuma evidência de danos causados ao feto pelo cloridrato de fluoxetina. Porém não há estudos adequados e bem-controlados em mulheres grávidas. Já que os estudos de reprodução animal nem sempre predizem a resposta humana, esse medicamento não deve ser usado durante a gravidez, a não ser que seja extremamente necessário. Trabalho de parto e nascimento: O efeito do cloridrato de fluoxetina sobre o trabalho de parto e nascimento nos seres humanos é desconhecido. Lactantes: Devido a muitas drogas serem excretadas no leite humano, deve-se ter cuidado quando o cloridrato de fluoxetina for administrado a mulheres que estão amamentando. Em uma amostra de leite humano, a concentração de fluoxetina e norfluoxetina foi de 70,4 ng/ml. A concentração no plasma materno foi de 295 ng/ml. Não foram relatadas reações adversas nas crianças. Uso pediátrico: A segurança e a eficácia da droga em crianças não foram estabelecidas. Uso geriátrico: O cloridrato de fluoxetina não foi sistematicamente avaliado em pacientes idosos. Contudo centenas de pacientes idosos têm participado de estudos clínicos com o cloridrato de fluoxetina e não houve aparecimento de reações adversas relacionadas com a idade. Entretanto esses dados são insuficientes para determinar diferenças relacionadas com a idade durante o tratamento prolongado, particularmente em pacientes idosos que têm doenças sistêmicas concomitantes ou estão recebendo outras drogas. Hiponatremia: Foram relatados diversos casos de hiponatremia (alguns com sódio sérico abaixo de 110 mmol/l). A hiponatremia parece ser reversível com a interrupção do cloridrato de fluoxetina. Apesar da complexidade desses casos, com várias etiologias possíveis, alguns foram possivelmente devidos à síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético (SSIHA). A maioria desses casos ocorreu em pacientes idosos e em pacientes que estavam tomando diuréticos ou com depleção de líquidos. Função plaquetária: Houve raros relatos de alteração da função plaquetária e(ou) resultados anormais de estudos laboratoriais em pacientes recebendo fluoxetina. Apesar de ter havido relatórios de sangramento anormal em vários pacientes tomando fluoxetina, não ficou evidente a relação causal com a fluoxetina.

Interações medicamentosas
Como acontece com todas as drogas, há possibilidade de ocorrer interação medicamentosa por vários mecanismos, tais como farmacodinâmicos ou farmacocinéticos. Triptofano: Cinco pacientes que estavam recebendo cloridrato de fluoxetina em combinação com triptofano tiveram reações adversas, incluindo agitação, desassossego e distúrbio gastrintestinal. Inibidores da monoaminoxidase (ver Contra-indicações). Outros antidepressivos: Houve aumento de duas vezes nos níveis plasmáticos estáveis de outros antidepressivos quando o cloridrato de fluoxetina foi administrado em combinação com essas drogas (ver Ações farmacológicas. Acúmulo e eliminação lenta). Lítio: Houve relatos de aumento e diminuição dos níveis de lítio quando usado concomitantemente com a fluoxetina. Casos de toxicidade com lítio foram relatados. Os níveis de lítio devem ser monitorados quando administrados concomitantemente com a fluoxidina. "Clearance" do diazepam: A meia-vida do diazepam administrado concomitantemente pode ser prolongada em alguns pacientes (ver Ações farmacológicas. Acúmulo e eliminação lenta). Efeitos potenciais da co-administração de drogas altamente ligáveis às proteínas do plasma: Devido à fluoxetina estar firmemente ligada à proteína do plasma, a administração de fluoxetina a um paciente que esteja tomando outra droga que também se ligue firmemente à proteína (ex.: warfarina, digitoxina) pode causar uma mudança nas concentrações plasmáticas, resultando potencialmente em uma reação adversa. Ao contrário, as reações adversas podem resultar do deslocamento da fluoxetina ligada à proteína por outra droga com afinidade maior para ligar-se as proteínas (ver Ações farmacológicas. Acúmulo e eliminação lenta). Drogas ativas no sistema nervoso central: O risco de usar o cloridrato de fluoxetina em combinação com outras drogas ativas no sistema nervoso central não foi sistematicamente avaliado. Conseqüentemente, deve-se ter cuidado se a administração concomitante de cloridrato de fluoxetina e tais drogas for necessária (ver Ações farmacológicas. Acúmulo e eliminação lenta). Tratamento eletroconvulsivo: Não há estudos clínicos estabelecendo o benefício do uso combinado do tratamento eletroconvulsivo e fluoxetina. Houve raros relatos de convulsões prolongadas em pacientes usando a fluoxetina e que receberam tratamento eletroconvulsivo.

Reações adversas
Comumente observadas: As reações adversas mais comumente observadas com o uso do cloridrato de fluoxetina e não observadas de maneira semelhante com placebo foram queixas relacionadas com o sistema nervoso, incluindo ansiedade, nervosismo e insônia; sonolência e fadiga ou astenia; tremor; sudorese; queixas gastrintestinais, incluindo anorexia, náusea e diarréia; e tontura ou sensação de cabeça leve. Associadas à interrupção do tratamento: Quinze por cento de aproximadamente 4.000 pacientes que receberam cloridrato de fluoetina nas pesquisas clínicas de pré-marketing nos Estados Unidos interromperam o tratamento devido a uma reação adversa. As reações mais comuns que causaram interrupção incluem: psiquiátricas (5,3%), principalmente nervosismo, ansiedade e insônia; digestivas (3%), principalmente náusea; sistema nervoso (1,6%), principalmente tontura; organismo como um todo (1,5%), principalmente astenia e dor de cabeça; e pele (1,4%), principalmente erupção e prurido. Organismo como um todo: Freqüentes: calafrios. Infreqüentes: calafrios e febre, cisto, edema da face, sensação de ressaca, dor mandibular, mal-estar, dor no pescoço, rigidez no pescoço e dor pélvica. Raras: abdome dilatado, celulite, hidrocefalia, hipotermia, síndrome LE, monilíase e doença do soro. Sistema cardiovascular: Infreqüentes: angina pectoris, arritmia, hemorragia, hipotensão, enxaqueca, hipotensão postural, síncope e taquicardia. Raras: bloqueio atrioventricular de 1º grau, bradicardia, bloqueio de ramo, isquemia cerebral, infarto do miocárdio, tromboflebite, cefaléia vascular e arritmia ventricular. Sistema digestivo: Freqüentes: aumento no apetite. Infreqüentes: estomatite aftosa, disfagia, eructação, esofagite, gastrite, gengivite, glossite, testes de função hepática anormais, melena, estomatite e sede. Raras: diarréia com sangue, colecistite, colelitíase, colite, úlcera duodenal, enterite, incontinência fecal, hematêmese, hepatite, hepatomegalia, hipercloridria, salivação aumentada, icterícia, fígado dolorido, ulceração na boca, dilatação das glândulas salivares, úlcera gástrica, descoloração da língua e edema da língua. Sistema endócrino: Infreqüente: hipotiroidismo. Raras: bócio e hipertiroidismo. Sistemas hemático e linfático: Infreqüentes: anemia e linfadenopatia. Raras: tempo de sangramento aumentado, discrasia sangüínea, leucopenia, linfocitose, petéquia, púrpura, velocidade de sedimentação aumentada e trombocitopenia. Metabólicas e nutricionais: Freqüente: perda de peso. Infreqüentes: edema generalizado, hipoglicemia, edema periférico e ganho de peso. Raras: desidratação, gota, hipercolesterolemia, hiperglicemia, hiperlipemia, reação hipoglicêmica, hipopotassemia, hiponatremia e anemia por deficiência de ferro. Sistema musculoesquelético: Infreqüentes: artrite, dor óssea, bursite, tenossinovite e espasmos. Raras: necrose óssea, condrodistrofia, hemorragia muscular, miosite, osteoporose, fratura patológica e artrite reumatóide. Sistema nervoso: Freqüentes: pesadelos e agitação. Infreqüentes: marcha anormal, síndrome cerebral aguda, acatisia, amnésia, apatia, ataxia, síndrome bucoglossal, estimulação do SNC, convulsão, delírio, despersonalização, descontrole emocional, euforia, alucinação, hostilidade, hipercinesia, hiperestesia, falta de coordenação, aumento da libido, reação maníaca, neuralgia, neuropatia, reação paranóica, psicose e vertigem. Raras: eletroencefalograma anormal, reação anti-social, síndrome cerebral crônica, parestesia circum-oral, depressão do SNC, coma, disartria, distonia, síndrome extrapiramidal, hipertonia, histeria, mioclonia, nistagmo, paralisia, diminuição dos reflexos, estupor e torcicolo. Sistema respiratório: Freqüentes: bronquite, rinite, bocejo. Infreqüentes: asma, epistaxe, soluço, hiperventilação e pneumonia. Raras: apnéia, hemoptise, hipóxia, edema da laringe, edema pulmonar, fibrose/alveolite pulmonar e derrame pleural. Pele e anexos: Infreqüentes: acne, alopecia, dermatite de contato, pele seca, herpes simples, erupção maculopapular e urticária. Raras: eczema, eritema multiforme, dermatite fúngica, herpes-zoster, hirsutismo, psoríase, erupção purpúrica, erupção pustular, seborréia, descoloração da pele, hipertrofia da pele, nódulos subcutâneos e erupção vesículo-bolhosa. Órgãos dos sentidos: Infreqüentes: ambliopia, conjuntivite, dor no ouvido, dor nos olhos, midríase, fotofobia e tinnitus. Raras: blefarite, catarata, lesão da córnea, surdez, diplopia, hemorragia ocular, glaucoma, irite, ptose, estrabismo e perda do paladar. Sistema urogenital: Infreqüentes: ejaculação anormal, amenorréia, dor no seio, cistite, disúria, seio fibrocístico, impotência, leucorréia, menopausa, menorragia, distúrbio ovariano, incontinência urinária, retenção urinária, urgência, insuficiência na micção e vaginite. Raras: aborto, albuminúria, aumento do seio, dispareunia, epididimite lactação, hematúria, hipomenorreia, cálculo renal, metrorragia, orquite, poliúria, pielonefrite, piúria, salpingite, dor uretral, uretrite, distúrbio do trato urinário, urolitíase, hemorragia uterina, espasmo uterino e hemorragia vaginal. Relatórios voluntários após comercialização: Reações adversas associadas ao cloridrato de fluoxetina recebidas desde o início da comercialização, e que podem não ter uma relação causal com a droga, incluem as seguintes: anemia aplástica, acidente vascular cerebral, confusão, discinesia (incluindo, por exemplo, um caso de síndrome bucolingual mastigatória, com relato de protrusão involuntária da língua, em uma paciente de 77 anos, após 5 semanas de tratamento com fluoxetina, que desapareceu completamente em poucos meses após a interrupção da droga), equimoses, pneumonia eosinofílica, hemorragia gastrintestinal, hiperprolactinemia, anemia hemolítica de causa imune, aparecimento de perturbações motoras em pacientes com fatores de risco, incluindo drogas relacionadas com tais eventos, e piora de condições preexistentes de perturbações motoras, reações semelhantes à síndrome maligna por neurolépticos, pancreatite, pancitopenia, idéias suicidas, trombocitopenia, púrpura trombocitopênica, sangramento vaginal após a suspensão da droga e comportamento violento.

Posologia
Depressão: Tratamento inicial: Nas pesquisas controladas, realizadas para avaliar a eficácia de fluoxetina, foram administradas aos pacientes, pela manhã, doses que variaram de 20 a 80 mg/dia. Estudos recentes sugerem que 20 mg/dia podem ser suficientes para se obter uma resposta antidepressiva satisfatória. Conseqüentemente, uma dose de 20 mg/dia administrada pela manhã é recomendada como dose inicial. Um aumento de dose pode ser considerado, após diversas semanas, se nenhuma melhora for observada. Doses acima de 20 mg/dia devem ser administradas divididas em duas vezes (isto é, pela manhã e ao meio-dia), e não devem exceder a dose máxima de 80 mg/dia. Como outros antidepressivos, o efeito máximo pode demorar até quatro semanas ou mais de tratamento para aparecer. Como com muitos outros medicamentos, uma dose menor ou menos freqüente deve ser usada em pacientes com insuficiência renal e(ou) hepática. Uma dose menor ou menos freqüente deve também ser considerada em pacientes tais como idosos com doença concomitante ou que estejam usando medicação múltipla. Manutenção, continuação e extensão do tratamento: Não há dados disponíveis que permitam precisar quanto tempo o paciente deve permanecer em tratamento com a fluoxetina. É geralmente consenso entre os psicofarmacologistas que episódios agudos de depressão requerem vários meses de terapia farmacológica contínua. É desconhecido se a dose de antidepressivo necessária para induzir a remissão é idêntica à dose necessária para manter e(ou) sustentar a eutimia. Bulimia nervosa: Nos estudos clínicos controlados, usados para suportar a eficácia do cloridrato de fluoxetina no tratamento da bulimia nervosa, foram administradas aos pacientes doses fixas diárias de 20 ou 60 mg de cloridrato de fluoxetina ou placebo. Os pacientes que receberam doses de 60 mg de cloridrato de fluoxetina mostraram diminuições significativamente maiores dos episódios bulímicos (comer excessivo e vomitar) em comparação com os pacientes que receberam doses de 20 mg ou placebo. Conseqüentemente, a dose de 60 mg/dia é a recomendada. Para qualquer indicação, a dose diária de fluoxetina não deve ultrapassar 80 mg.

Apresentação
Embalagens contendo 14 ou 28 comprimidos.