Neurolithium

FORMA FARMACÊUTICA:
Comprimidos 300 mg

APRESENTAÇÃO:
Embalagens com 50 e 200 comprimidos

USO ADULTO


COMPOSIÇÃO:
Cada comprimido contém:
Carbonato de Lítio (DCB - 0749.01-X) ...............300 mg
Excipiente q.s.p. ....................................................1 comp.
(cada 37 mg de carbonato de lítio contém 1 mEq de lítio).
(Excipiente: lactose, estearato de magnésio, polividona, celulose microcristalina, croscarmelose sódica, dióxido de silício coloidal).


INFORMAÇÕES TÉCNICAS:
O lítio é uma das mais importantes descobertas da psicofarmacologia moderna. Além de atuar na fase aguda da mania, previne também o seu aparecimento e, possivelmente, também a fase de depressão. Com doses adequadas a melhora é mantida por tempo prolongado, as recidivas tornam-se cada vez menos frequentes e não ocorrem amnésias ou distúrbios da função cerebral.
Na maioria dos casos, o tratamento com Carbonato de Lítio leva ao desaparecimento de todas as manifestações de mania, sem que os pacientes sintam ou causem a impressão de que estão narcotizados.
A absorção completa ocorre em cerca de 8 horas, com pico de concentração sérica máxima ocorrendo duas a quatro horas após a dose oral. O lítio é principalmente excretado na urina (95%), apresentando ainda pequena eliminação pelas fezes (1%) e suor (4%). A passagem do meio intracelular para o extracelular é difícil, dando um perfil de eliminação à droga caracterizado por duas fases: uma rápida que elimina cerca de 2/3 da droga em seis horas, e uma lenta que se estende por 10 a 14 dias. Isto ocorre por ser o lítio reabsorvido pelos túbulos proximais em cerca de 80%. Seu equilíbrio dinâmico entre ingestão e excreção, obtido com doses repetidas, ocorre em torno de 6 dias.
A meia-vida da eliminação é de aproximadamente 24 horas. O lítio diminui a reabsorção final do sódio, podendo levar à depleção deste último.


INDICAÇÕES:
É indicado no tratamento de psicose maníaco-depressiva bipolar; mania recorrente; depressão recorrente ou unipolar; psicoses esquizoafetivas recidivantes; alcoolismo crônico; agressividade patológica; cefaléias.


CONTRA-INDICAÇÕES:
O produto é contra-indicado para pacientes que apresentem hipersensibilidade ao lítio. Não deve ser administrado para pacientes com doenças renais ou cardiovasculares; desidratação, uso de diuréticos, depleção de sódio; gravidez e lactação; síndromes organocerebral de Parkinson e cerebelares; miastenia grave; úlcera gastroduodenal e retocolite ulcerativa; leucemia mielóide; psoríase.
Caso haja real necessidade desse tratamento para esses pacientes, deve-se realizar monitorização severa de tais indivíduos. A toxicidade está relacionada aos níveis séricos de lítio.


PRECAUÇÕES:
Recomenda-se que as funções renais, cardiovasculares e tireoidianas sejam avaliadas antes do início do tratamento com Carbonato de Lítio, pois o lítio pode alterá-las, ou, quando já alteradas, o tratamento pode ser contra-indicado. No período inicial do tratamento, a litioterapia pode levar a depleção de sódio, devendo, por isso; ser mantida dieta normal (incluindo sódio) e adequada ingestão de líquidos (2,5 a 3,0 I/dia). Os pacientes idosos que apresentam deficiências organo-funcionais devem ser tratados com a máxima cautela. Precauções de uso no hipotireoidismo e diabetes mellitus. Caso ocorram sinais de toxicidade, tais como: diarréia, vômito, tremor, ataxia ou fraqueza muscular, o medicamento deve ser descontinuado e o médico deve ser contatado. Lítio pode alterar as habilidades mentais e (ou) físicas. Pacientes que realizam atividades que necessitam atenção (operar veículos e ou máquinas) devem ser alertados.

GRAVIDEZ E LACTAÇÃO:
Observou-se que o lítio produz teratogenicidade em ratos. Em humanos é comprovadamente associado à anomalia de Ebstein, uma cardiopatia congênita. Outras cardiopatias também estão ao seu uso. Recomenda-se, portanto, que o lítio não seja usado durante a gravidez, especialmente no primeiro trimestre, a não ser que haja real necessidade do tratamento e os benefícios em potencial justifiquem o possível risco. O lítio é excretado no leite humano e atravessa a placenta. No caso da necessidade do tratamento, deve-se considerar a descontinuação da amamentação.

USO INFANTIL:
Devido à falta de experiência clínica, não se recomenda sua administração em crianças.

CONDUTAS GERAIS E ESPECÍFICAS:
Testes laboratoriais são necessários antes de inciar-se a litioterapia com Carbonato de Lítio para certificar-se de um uso seguro e para determinar os sintomas funcionais basais do organismo. Os tipos e quantidade de testes dependem da condição clínica do paciente. A avaliação da função renal é essencial porque o lítio é eliminado do organismo na urina e também porque o lítio pode, com o tempo, provocar alterações na função renal. A avaliação da função da tireóide também é importante, uma vez que uma glândula hiper ou hipoativa pode causar sintomas que se assemelha à mania ou à depressão e também porque o lítio causa anormalidades de funcionamento dessa glândula.


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS:
A associação do lítio com outras drogas deve ser cautelosa, principalmente quando são usados: antibióticos, antiinflamatórios não esteróides, digitálicos, outras substâncias psicoativas, bloqueadores neuromusculares, xantinas, iodeto de potássio e bloqueadores da canal de cálcio. Aminofilina, teofilina, cafeína, difelina e também o bicarbonato de sódio podem diminuir a eficácia do tratamento com lítio, por aumentar sua excreção urinária. Administração concomitante de lítio e carbamazepina, ou clonazepam, ou antidepressivos tricíclicos pode aumentar o risco de efeitos neurotóxicos. Quando administrado com haloperidol, pode ocasionar dano cerebral irreversível (em tal associação há necessidade de monitorização severa do paciente).
Quando usado com diuréticos (tiazida) podem aparecer efeitos tóxicos devido à redução do clearance renal. O uso concomitante com preparações de iodeto, especialmente iodeto de potássio pode gerar hipotireoidismo. Antiinflamatórios não-esteróides, principalmente indometacina e piroxicam podem aumentar os níveis plasmáticos do lítio, podendo ocorrer intoxicação por lítio. Nestes casos, deve-se monitorar os níveis de lítio sérico. Associação com diazepam pode causar episódios de hipotermia (temperatura abaixo de 35°C). O uso concomitante com metildopa pode levar a um quadro de intoxicação por lítio, com níveis séricos deste dentro da faixa terapêutica.


REAÇÕES ADVERSAS / COLATERAIS:
Tremores finos nas extremidades, náuseas, polidipsia, poliúria e desconforto podem ocorrer no início do tratamento, desaparecendo com a descontinuação do mesmo ou com a redução da dosagem. Com uso prolongado alguns pacientes podem apresentar bócio, hipotireoidismo, leucocitose, edema dos membros inferiores, ganho de peso, distúrbios da memória de fixação e alterações renais. Estas alterações melhoram também com a suspensão ou mais comumente com a redução da dose administrada. Vômitos, náuseas e (ou) diarréias, fraqueza generalizada, tremores grosseiros nas mãos, sudorese de pés e pernas, lentidão psicomotora, sonolência, vertigens, pulso irregular, disartria e falta de coordenação podem ser sinais precoces de toxicidade, sendo indicada a redução ou a suspensão da droga.


POSOLOGIA:
Variável conforme o caso, sendo consideradas úteis doses terapêuticas variando de 2 a 6 comprimidos por dia (600 a 1.800 mg/dia), parceladas cada 8 a 12 horas. Após a estabilização do quadro clínico (entre 7º e 14º dia), e a critério médico, as doses podem ser reduzidas (300 mg/dia). Recomenda-se que sejam mantidos níveis séricos de lítio entre 0,6 e 1,2 mEq/l . Esses níveis não devem exceder 2,0 mEq/l. A primeira dosagem da litemia deverá ser feita entre o 4º e o 7º dia de tratamento. A segunda, ao fim da 2ª semana e a terceira ao fim do 1º mês.
O acompanhamento clínico rigoroso em relação à evolução psiquiátrica e quanto à presença de efeitos colaterais é tão ou mais importante que as dosagens plasmáticas da droga.


SUPERDOSAGEM:
Em caso de intoxicação grave, os principais sinais são os cardíacos com alterações do eletrocardiograma e neurológicas como: vertigens, perturbações da vigilância, hiperreflexia e em seguida coma em vigília. O aparecimento destes sintomas necessita de:
- interrupção imediata do tratamento;
- aumento da excreção do lítio por alcalinização da urina (aminofilina), diurese osmótica (manitol) e inclusão de cloreto de sódio.
A partir de uma litiemia de 2 mEq/l, deve-se proceder imediatamente à hemodiálise ou diálise peritoneal.


INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
Conserve o produto à temperatura ambiente, entre 15 e 30°C, protegido da luz e umidade.
O produto tem prazo de validade de 36 meses a partir da data de fabricação, impresso no cartucho.
Não utilize medicamento com o prazo de validade vencido.
Não use este medicamento na gravidez ou no período de amamentação.
Se você tiver pressão alta, fale com seu médico sobre a conveniência ou não de usar Carbonato de Lítio junto com diuréticos e dieta sem sal. Se aparecerem sintomas como fala pastosa, alterações de visão, confusão mental, sonolência exagerada e tremores, pare o tratamento e consulte o seu médico. Podem ocorrer reações desagradáveis, tais como: aumento exagerado de volume urinário, ganho anormal de peso, insônia, cansaço, diminuição da velocidade de pensamento, sensação de frio, alterações menstruais, dor de cabeça e dores musculares.
Informe seu médico sobre o aparecimento de qualquer reação desagradável.
O início do efeito desejado é obtido entre 5 e 10 dias após o começo do tratamento.
Durante o tratamento não faça uso de bebidas alcoólicas.
Evite conduzir veículos ou operar máquinas.
O tratamento só deve ser interrompido por ordem médica.
TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS.
NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO. PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.


VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA.
SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA