Haldol®

Haloperidol

Gotas/Comprimidos/Injetáveis


Composição - Comprimidos: Cada comprimido de 1 mg contém: Haloperidol 1 mg. Excipientes: Lactose, amido, sacarose, talco e óleo vegetal hidrogenado. Cada comprimido de 5 mg contém: Haloperidol 5 mg. Excipientes: Lactose, amido, talco, óleo vegetal hidrogenado e corante azul indigotina. Gotas: Cada ml contém: Haloperidol 2 mg. Excipientes: Ácido láctico, metilparabeno, água purificada. Ampolas: Cada ml contém: Haloperidol 5 mg. Excipientes: Ácido láctico, água para injeção.

Informações técnicas

Farmacodinâmica - HALDOL® é um neuroléptico do grupo das butirofenonas. Ele é um bloqueador potente dos receptores dopaminérgicos centrais e classificado como um neuroléptico incisivo. Como conseqüência direta do bloqueio dopaminérgico, HALDOL® apresenta uma ação incisiva sobre os delírios e alucinações (provavelmente em níveis mesocortical e límbico) e uma ação sobre os gânglios da base (sistema nigroesfriado). HALDOL® é um sedativo eficiente, o que explica seus efeitos favoráveis na mania, agitação psicomotora e outras síndromes de agitação. A atividade em nível dos gânglios da base é provavelmente responsável pelos efeitos extrapiramidais (distonia, acatisia e parkinsonismo). Os efeitos antidopaminérgicos periféricos explicam a ação contra náuseas e vômitos (via quimiorreceptores - zona do gatilho), o relaxamento dos esfíncteres gastrintestinais e o aumento na liberação de prolactina (através da inibição da atividade do PIF - fator de inibição da prolactina) em nível de adeno-hipófise.

Farmacocinética - O pico plasmático de HALDOL® ocorre 6 a 8 horas após uma dose oral e 20 minutos após administração intramuscular. Após administração oral a biodisponibilidade é de 60%-70%. A meia-vida média é de 24 horas (de 12 a 38 horas) após administração oral e de 21 horas (de 13 a 36 horas) após administração intramuscular. Um intervalo de concentração plasmática, variando de 4 mg/l até 20-25 mg/l seria necessário para uma resposta terapêutica. HALDOL® atravessa a barreira hematoencefálica facilmente. A ligação às proteínas plasmáticas é de 92%. A excreção é feita através das fezes (60%) e da urina (40%). Um por cento da dose ingerida é excretado de forma inalterada na urina. Existe uma grande variabilidade interindividual, mas pequena intra-individual, nos parâmetros farmacocinéticos de HALDOL®. Isto pode ser devido à metabolização hepática de HALDOL®. Os metabólitos não apresentam atividade neuroléptica.
Indicações - Delírios e alucinações na esquizofrenia aguda e crônica. Na paranóia, na confusão mental aguda e no alcoolismo. Mania, demência, alcoolismo, oligofrenia. Agitação e agressividade no idoso. Distúrbios graves do comportamento e nas psicoses infantis acompanhadas de excitação psicomotora. Movimentos coreiformes. Soluços. Tiques, disartria. Estados impulsivos e agressivos. Síndrome de Gilles de la Tourette. Náuseas e vômitos incoercíveis de várias origens, quando outras terapêuticas mais específicas não foram suficientemente eficazes.

Contra-indicações - Estados comatosos, depressão do SNC devido ao álcool ou outras drogas ou medicamentos, doença de Parkinson, hipersensibilidade conhecida ao medicamento, lesão nos gânglios de base. Afecções neurológicas acompanhadas de sintomas piramidais ou extrapiramidais. Encefalopatia orgânica grave. Formas graves de nefro e cardiopatia. Depressão endógena. Primeiro trimestre de gestação.

Precauções e advertências - Raros casos de morte súbita têm sido reportados em pacientes psiquiátricos que recebem antipsicóticos, incluindo HALDOL®. Como um prolongamento do intervalo QT tem sido observado durante o tratamento com HALDOL®, recomenda-se cautela em pacientes com condições de intervalo QT prolongado (síndrome QT, hipocalemia, fármacos que prolongam o intervalo QT), principalmente quando HALDOL® é administrado parenteralmente. Como HALDOL® é metabolizado no fígado, sua utilização em pacientes com doença hepática deve ser feita com cuidado. HALDOL® pode provocar convulsões. Ele deve ser usado com cuidado em situações predispondo a convulsões (abstinência alcoólica, doença cerebral) e em pacientes epilépticos. HALDOL® deve ser usado com cuidado em pacientes com hipertireoidismo, devido ao risco de a tiroxina facilitar a toxicidade do haloperidol. Nestes pacientes, um tratamento adequado da doença tireoidiana deve acompanhar o tratamento antipsicótico. Na esquizofrenia, a resposta ao tratamento pode não ser imediata. Igualmente, se o tratamento é interrompido, a reaparição dos sintomas pode não ser aparente por várias semanas ou meses. Sintomas de abstinência, incluindo náusea, vômito e insônia são raros, mesmo após interrupção abrupta de altas doses de antipsicóticos. A interrupção do tratamento deve ser gradual devido ao risco de recaídas. HALDOL® não deve ser usado isoladamente em casos onde a depressão é predominante. Ele pode ser associado aos antidepressivos nos quadros de depressão com características psicóticas. Pacientes que necessitem de medicação antiparkinsoniana devem continuar recebendo tais tratamentos após a interrupção de HALDOL®, pois a eliminação de HALDOL® é mais lenta e eles podem desenvolver ou apresentar um aumento dos sintomas extrapiramidais mesmo após a interrupção do neuroléptico. Não se deve esquecer do risco de aumento da pressão intra-ocular quando se usam medicamentos anticolinérgicos, incluindo os agentes antiparkinsonianos, associados a HALDOL®. Embora a experiência clínica tenha revelado que HALDOL® pode ser empregado por tempo prolongado, atenção deve ser dada a pacientes do sexo feminino com risco de gravidez. Como os pacientes idosos são sensíveis aos efeitos de HALDOL®, recomenda-se prudência na posologia, a fim de se evitar efeitos secundários extrapiramidais e possíveis alterações do apetite e do sono. A administração deve também ser cautelosa em pacientes com distúrbios cardiovasculares graves, com história de reação alérgica a drogas ou uso de anticoagulantes ou anticonvulsionantes. O uso de tranqüilizantes maiores como HALDOL® pode também estar associado a casos de broncopneumonia, razão pela qual atenção deve ser dada ao exame físico dos pulmões, principalmente em idosos.

Uso durante a gestação e a lactação - Em estudos populacionais amplos, nenhum aumento significante nas anormalidades fetais foi associado com o uso de HALDOL®. Foram descritos casos isolados de malformação fetal após administração de HALDOL®, a maioria associados a outros medicamentos. HALDOL® poderá ser usado durante a gravidez, quando os benefícios forem claramente superiores aos potenciais riscos fetais. HALDOL® é excretado no leite materno. Se a sua administração é considerada essencial para a mãe, os benefícios da amamentação devem ser balanceados com os riscos potenciais. Sintomas extrapiramidais têm sido observados em crianças lactentes de mulheres tratadas com HALDOL®.
Efeitos na capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas - HALDOL® pode reduzir a capacidade de atenção, principalmente no início do tratamento, redução essa que pode ser potencializada pela ingestão de bebidas alcoólicas. O paciente deve ser alertado para os riscos de tal sedação e aconselhado a não dirigir ou utilizar máquinas durante a terapêutica, pelo menos até que se conheça seu grau de suscetibilidade individual.

Interações medicamentosas - Como é o caso para todos os neurolépticos, HALDOL® pode aumentar a depressão do SNC causada por outros depressores centrais, como álcool, hipnóticos, sedativos e analgésicos potentes. Um aumento dos efeitos centrais foi relatado quando HALDOL® é associado à metildopa. HALDOL® pode prejudicar o efeito antiparkinsoniano da levodopa. HALDOL® inibe o metabolismo de antidepressivos tricíclicos, aumentando os níveis plasmáticos destes medicamentos. Isto pode resultar em um aumento da toxicidade dos antidepressivos tricíclicos (efeitos anticolinérgicos, toxicidade cardiovascular, baixa do limiar convulsivo). Em estudos farmacocinéticos, têm sido reportados níveis de haloperidol moderadamente elevados quando o haloperidol é administrado concomitantemente com os seguintes fármacos: quinidina, buspirona, fluoxetina. Neste caso, pode ser necessário reduzir a dose do haloperidol. O uso prolongado de agentes indutores enzimáticos, tais como carbamazepina, fenobarbital e rifampicina, em associação a HALDOL®, pode reduzir significativamente os níveis plasmáticos do haloperidol. Neste caso, a dose de HALDOL® deverá ser reajustada, quando necessário. Após interrupção do tratamento com tais fármacos, pode ser necessária a redução das doses de HALDOL®. Em raros casos os seguintes sintomas foram relatados durante uso concomitante de lítio e haloperidol. Encefalopatia, sintomas extrapiramidais, discinesia tardia, síndrome neuroléptica maligna, distúrbios do tronco cerebral, síndrome cerebral aguda e coma. Muitos destes sintomas foram reversíveis. Não está estabelecido ainda se estes casos representam uma entidade clínica distinta. Em todo caso, se aparecerem tais sintomas em pacientes recebendo lítio e HALDOL® concomitantemente, o tratamento deve ser suspenso imediatamente. Antagonismo ao efeito anticoagulante da fenindiona foi relatado. HALDOL® pode antagonizar a ação da adrenalina e outros agentes simpaticomiméticos e reverter os efeitos hipotensores de bloqueadores adrenérgicos como a guanetidina.

Reações adversas - Com doses baixas (1-2 mg/dia), os efeitos adversos de HALDOL® são pouco freqüentes, leves e transitórios. Em pacientes recebendo doses maiores, alguns efeitos adversos são observados mais freqüentemente. Os efeitos neurológicos são os mais comuns. Sintomas extrapiramidais: São os mais comumente observados. Como ocorre com todos os neurolépticos, podem ocorrer sintomas extrapiramidais como, por exemplo, tremor, rigidez, hipersalivação, bradicinesia, acatisia e distonia aguda. Estes efeitos podem ser revertidos pela utilização de antiparkinsonianos; nos casos graves, pode ser necessária a interrupção temporária ou definitiva de HALDOL®. Os antiparkinsonianos do tipo anticolinérgicos não devem ser prescritos de rotina como tratamento preventivo, devido ao risco de diminuir a eficácia de HALDOL®. Discinesia tardia: Como acontece com todos os fármacos antipsicóticos, pode surgir um quadro de discinesia tardia em certos pacientes durante tratamentos prolongados ou quando tais tratamentos são interrompidos. A síndrome está caracterizada principalmente por movimentos rítmicos e involuntários da face, boca, língua ou mandíbula. Os sintomas podem persistir durante longos períodos e em certos pacientes mostrar-se até irreversíveis. Não há, até o momento, tratamento considerado eficaz para esta síndrome. Esta síndrome pode ser mascarada quando se reinicia o tratamento, quando se aumenta a dose ou quando há uma troca para se usar outro agente antipsicótico. O tratamento deve ser descontinuado quando possível. Síndrome neuroléptica maligna: Igualmente como ocorre com outros medicamentos antipsicóticos, HALDOL® tem sido associado com a presença da síndrome neuroléptica maligna: uma reação idiossincrásica caracterizada por hipertermia, rigidez muscular generalizada, instabilidade autonômica, alteração de consciência. A hipertermia geralmente é um sinal que precede esta síndrome. O tratamento antipsicótico deve ser imediatamente suspenso, instituindo-se monitorização cuidadosa e medidas terapêuticas gerais para manutenção dos sinais vitais. A terapia que tem sido utilizada nos casos da síndrome neuroléptica maligna consiste no uso de dantrolene e bromocriptina. Outros efeitos secundários, de mínima incidência, podem estar associados ao uso de HALDOL®, com manifestações assim discriminadas: Outros efeitos sobre o SNC: Insônia, inquietação, ansiedade, agitação, sonolência, euforia, depressão, cefaléia, confusão, vertigem, crises tipo grande mal e exacerbação de sintomas psicóticos, incluindo alucinações. Efeitos gastrintestinais: Anorexia, constipação, diarréia, hipersalivação, dispepsia, náusea e vômito. Alterações no peso podem ocorrer. Efeitos endócrinos: Hiperprolactinemia com galactorréia, ingurgitamento mamário, irregularidades menstruais, ginecomastia, impotência, hiperglicemia, hipoglicemia, mastalgia, aumento da libido. Efeitos cardiovasculares: Edema periférico, taquicardia e hipotensão. Raríssimos casos de prolongamento do intervalo QT e/ou de arritmias ventriculares, predominantemente durante o uso parenteral de HALDOL®, foram descritos com altas doses de HALDOL® em pacientes predispostos. Outros efeitos: Existem relatos ocasionais de diminuição leve e transitória do número de leucócitos. Agranulocitose e trombocitopenia foram raramente descritas, em geral associadas a outras medicações concomitantes. Casos isolados de anomalias da função hepática, icterícia e hepatite, mais freqüentemente colestática, também foram descritos. Reações de hipersensibilidade tipo rash cutâneo, urticária e anafilaxia são excepcionais. Outros efeitos descritos são: constipação, visão turva, boca seca, retenção urinária, priapismo, disfunção erétil, edema periférico, hipersudorese, diaforese, hipersalivação e pirose. Laringoespasmo, broncoespasmo e respiração mais profunda, reações acneiformes e maculopapulares, casos isolados de fotossensibilidade, perda de cabelo e desregulação da temperatura corpórea.

Posologia - HALDOL®, sendo uma medicação terapeuticamente potente, deverá ter sua dose média diária ajustada segundo a gravidade de cada caso e a sensibilidade individual do paciente, conforme critério médico. Os estudos clínicos preconizam as seguintes doses: Administração oral: Adultos: Dose inicial de 0,5 a 2 mg, 2 a 3 vezes ao dia, podendo ser aumentada progressivamente em função da resposta terapêutica e da tolerância. Dose de manutenção, entre 1 e 15 mg ao dia, deve contudo ser reduzida até o mais baixo nível de efetividade. Pacientes idosos geralmente requerem doses menores. Pacientes severamente perturbados ou inadequadamente controlados podem requerer às vezes posologia mais elevada. Em alguns casos a resposta ótima pode exigir dose diária acima de 100 mg, principalmente pacientes de alta resistência. Entretanto não está demonstrada a segurança de tais doses em administração prolongada. Crianças: Iniciar com doses de 2 a 5 gotas (0,2 a 0,5 mg) por dia e adaptar progressivamente a posologia, conforme a resposta de cada caso. Administração parenteral: Indicada nos estados agudos de agitação psicomotora ou quando a via oral é impraticável. Injetar de 2,5 a 5 mg por via intramuscular ou endovenosa lenta. Repetir após cada hora, se necessário, embora intervalos de 4 a 8 horas sejam satisfatórios. Tão logo seja possível, esta via será substituída pela via oral.

Superdose - Sintomas: Geralmente, os sintomas constituem uma exacerbação dos efeitos farmacológicos e reações adversas já referidas, predominando as do tipo extrapiramidal, hipotensão e sedação. Pode ocorrer igualmente hipertensão e não-hipotensão. Em casos extremos, o paciente pode apresentar-se comatoso, com depressão respiratória e hipotensão, às vezes grave o suficiente para determinar um estado de choque. Existe também um risco de arritmias ventriculares associadas a um prolongamento do intervalo QT. Tratamento: Como não existem antídotos específicos, o tratamento é principalmente de suporte. As medidas preconizadas são a lavagem gástrica, indução emética e administração de carvão ativado, além dos cuidados necessários para se garantir uma boa ventilação pulmonar. Para pacientes comatosos, as vias aéreas devem ser restabelecidas para uso de uma via orofaríngea ou tubo endotraqueal. Em caso de depressão respiratória pode ser necessária ventilação artificial. ECG e sinais vitais devem ser monitorizados até que estejam normais. Arritmias cardíacas severas deverão ser tratadas com medidas antiarrítmicas adequadas. Hipotensão e colapso circulatório devem ser controlados com infusão de soro, plasma ou albumina concentrada e agentes depressores (dopamina, noradrenalina). Não utilizar adrenalina, que pode causar hipotensão grave quando usada com HALDOL®. Em casos de reações extrapiramidais importantes, administrar medicação antiparkinsoniana por via parenteral.
Apresentações - Comprimidos: Embalagem contendo 20 comprimidos de 1 mg. Embalagem contendo 20 comprimidos de 5 mg. Gotas: Embalagem contendo frasco conta-gotas de 20 ml. Ampolas: Embalagem contendo 25 ampolas de 1 ml.

Venda Sob Prescrição Médica.

Só pode ser vendido com retenção da receita.

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Serviço de atendimento ao consumidor:
0800-118514.

Gotas/Comprimidos: Fabricado por Janssen-Cilag Farmacêutica Ltda.

Injetáveis: Uso restrito a hospitais. Fabricado por Pharma Argentina S.A. - Argentina.

Registro no M.S. 1.1236.0011.

Importado e distribuído por:
JANSSEN-CILAG Farmacêutica Ltda.
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