Olanzapina
Apresentações
ZYPREXA® é apresentado em comprimidos revestidos de 5 mg em blisters,
acondicionados em caixas com 14 e 28 comprimidos; 10 mg em blisters, acondicionados
em caixas com 14, 28 e 56 comprimidos. Nota: Os comprimidos de 10 mg serão
apresentados também em embalagem hospitalar com 56 comprimidos.
Indicações
A olanzapina é indicada para o tratamento agudo e de manutenção
da esquizofrenia e outras psicoses onde os sintomas positivos (p. ex.: delírios,
alucinações, alterações de pensamento, hostilidade
e desconfiança) e/ou sintomas negativos (p. ex.: afeto diminuído,
isolamento emocional e social, pobreza de linguagem) são proeminentes.
A olanzapina alivia também os sintomas afetivos secundários comumente
associados com esquizofrenia e distúrbios relacionados. A olanzapina
é eficaz no tratamento de manutenção, uma vez alcançada
a melhora clínica nos pacientes que responderam ao tratamento inicial.
Contra-indicações
ZYPREXA® é contra-indicado nos pacientes com hipersensibilidade conhecida
a qualquer ingrediente do produto.
Advertências
Síndrome neuroléptica maligna (SNM): Nos estudos clínicos
não foram reportados casos de SNM nos pacientes recebendo olanzapina.
Contudo, a SNM, uma síndrome complexa e potencialmente fatal, tem sido
reportada em associação com outras drogas antipsicóticas.
As manifestações clínicas da SNM são hiperpirexia,
rigidez muscular, estado mental alterado e evidência de instabilidade
autonômica (pulso ou pressão arterial irregular, taquicardia, diaforese
e disritmia cardíaca). Outros sinais adicionais podem incluir elevação
da creatinina fosfoquinase, mioglubinúria (rabdomiólise) e insuficiência
renal aguda. Manifestações clínicas de SNM ou a presença
de febre alta sem manifestações clínicas de SNM requerem
interrupção de todas as drogas antipsicóticas, incluindo
a olanzapina. Discinesia tardia: Em estudos comparativos com haloperidol com
duração maior que 6 semanas, a olanzapina foi associada com incidência
menor (estatisticamente significante) de discinesia proveniente do tratamento.
Contudo, porque o risco de discinesia tardia aumenta com a exposição
a longo prazo às medicações antipsicóticas, deve-se
considerar a redução da dose ou a interrupção da
droga se sinais ou sintomas de discinesia tardia aparecerem em um paciente.
Esses sintomas podem piorar com o tempo ou mesmo aparecerem após a interrupção
do tratamento.
Precauções
Provas de função hepática: Ocasionalmente, têm sido
observadas, especialmente na fase inicial do tratamento, elevações
assintomáticas e transitórias das transaminases hepáticas
ALT e AST. Devem ser tomadas precauções em pacientes com ALT e/ou
AST elevadas, em pacientes com sinais e sintomas de insuficiência hepática,
em pacientes com doenças preexistentes associadas com reserva funcional
hepática limitada e em pacientes que estejam sendo tratados com medicamentos
potencialmente hepatotóxicos. No caso de elevação da ALT
e/ou AST durante o tratamento, é necessário acompanhamento cuidadoso
e deve-se considerar a redução da dose. Convulsões: Como
com outras drogas antipsicóticas, a olanzapina deve ser usada com cuidado
em pacientes com histórico de convulsões ou com doenças
relacionadas com convulsões. Índices hematológicos: Como
com outras drogas antipsicóticas, deve-se tomar cuidado quando usar olanzapina
nos seguintes tipos de pacientes: pacientes que por qualquer razão tenham
contagens baixas de leucócitos e/ou neutrófilos; em pacientes
com história de depressão/toxicidade da medula óssea induzida
por drogas; em pacientes com depressão da medula óssea causada
por doença concomitante, radioterapia ou quimioterapia; e em pacientes
com condições de hipereosinofilia ou com doença mieloproliferativa.
Em estudos clínicos um número significante de pacientes com neutropenia
relacionada com clozapina ou com história de agranulocitose receberam
olanzapina sem recorrência. Atividade anticolinérgica: A experiência
durante os estudos clínicos revelou uma baixa incidência de efeitos
anticolinérgicos. Contudo, como a experiência clínica com
olanzapina em pacientes com doença concomitante é limitada, devem
ser tomadas precauções quando for prescrita a pacientes com hipertrofia
prostática, íleo paralítico, glaucoma de ângulo estreito
ou condições relacionadas. Antagonismo dopaminérgico: A
olanzapina exibe antagonismo à dopamina in vitro, e em teoria, pode antagonizar
os efeitos da levodopa e dos agonistas da dopamina como com outras drogas antipsicóticas.
Atividade no SNC: Devido aos efeitos primários da olanzapina no SNC,
deve-se tomar cuidado adicional quando for administrada em combinação
com outras drogas que atuem em nível central, incluindo o álcool.
Carcinogênese, mutagênese, danos à fertilidade e toxicidade
animal: Baseado nos resultados de estudos em ratos e camundongos, conclui-se
que a olanzapina não é carcinogênica. Achados significantes
em estudos de oncogenicidade foram limitados a um aumento na incidência
de adenocarcinomas mamários em fêmeas de ratos e camundongos. Este
é um achado comum em roedores tratados com drogas que aumentam a secreção
de prolactina e não tem significado direto para humanos. A olanzapina
não foi mutagênica em uma extensa bateria de testes padrão,
que incluiu testes de mutação bacteriana e testes in vitro e in
vivo em mamíferos. Em estudos animais a olanzapina não teve efeitos
teratogênicos. A sedação afetou o desempenho no acasalamento
dos ratos machos. Os ciclos de cio foram afetados com doses de 1,1 mg/kg (3
vezes a dose máxima humana) e os parâmetros de reprodução
foram influenciados em ratos que receberam 3 mg/kg (9 vezes a dose máxima
humana). Na ninhada de ratos que receberam olanzapina foram observados atrasos
no desenvolvimento fetal e diminuições transitórias nos
níveis de atividade da prole. Nos estudos em animais com olanzapina os
principais achados hematológicos foram citopenias periféricas
reversíveis em cães individuais tomando altas doses de olanzapina
(24 a 30 vezes a dose humana diária máxima), diminuições
dose-relacionadas de linfócitos e neutrófilos em camundongos e
linfopenia secundária à desnutrição em ratos. Uns
poucos cães tratados com 24 a 30 vezes a dose humana diária máxima
desenvolveram neutropenia reversível ou anemia hemolítica reversível
entre um e 10 meses de tratamento. Os efeitos nos parâmetros hematológicos
em cada espécie relacionou-se com células sangüíneas
circulantes, e nenhuma evidência de citotoxicidade da medula óssea
foi encontrada em quaisquer das espécies examinadas. Uso na gravidez
e lactação: Não há estudos adequados e bem controlados
com olanzapina em mulheres grávidas. As pacientes devem ser avisadas
para notificarem seu médico se ficarem grávidas ou se pretenderem
engravidar durante o tratamento com olanzapina. No entanto, dado que a experiência
em humanos é limitada, esta droga deve ser usada na gravidez somente
se os benefícios potenciais justificarem os riscos potenciais para o
feto. A olanzapina foi excretada no leite de ratas tratadas durante a lactação.
Não se sabe se a olanzapina é excretada no leite humano. As pacientes
devem ser aconselhadas a não amamentarem no caso de estarem recebendo
olanzapina. Efeitos sobre a capacidade de dirigir e utilizar máquinas:
Devido ao fato da olanzapina poder causar sonolência, os pacientes devem
ser alertados quando operarem máquinas, incluindo veículos a motor.
Interações medicamentosas
O metabolismo da olanzapina pode ser afetado por inibidores ou indutores das
isoformas do citocromo P450, especificamente a atividade da isoforma CYP1A2.
O clearance da olanzapina foi aumentado pelo fumo ou co-administração
de carbamazepina. Tabagismo e carbamazepina são conhecidos indutores
da atividade de CYP1A2. Inibidores potentes da atividade do CYP1A2 podem diminuir
o clearance da olanzapina. A olanzapina não é um inibidor potente
da atividade do CYP1A2. A farmacocinética da teofilina, uma droga metabolizada
principalmente pelo CYP1A2, não é alterada pela olanzapina. Em
estudos clínicos, as seguintes drogas foram administradas com doses únicas
de olanzapina e não mostraram inibição do metabolismo:
imipramina ou seu metabólito, a desipramina (CYP2D6, CYP3A, CYP1A2),
warfarina (CYP2C19), teofilina (CYP1A2) ou diazepam (CYP3A4, CYP2C19). A olanzapina
também não revelou interação quando administrada
com lítio ou com biperideno. As concentrações steady state
de olanzapina não afetaram a farmacocinética do etanol. No entanto,
podem ocorrer efeitos farmacológicos aditivos, tal como aumento de sedação,
quando o etanol é ingerido junto com a olanzapina. Uma dose única
de um antiácido contendo alumínio e magnésio ou cimetidina
não afetou a biodisponibilidade oral da olanzapina. A administração
concomitante de carvão ativado reduziu a biodisponibilidade oral da olanzapina
de 50% a 60%. A absorção da olanzapina não é afetada
pelo alimento. Nos estudos in vitro com microssomas de fígado humano,
a olanzapina mostrou pequeno potencial para inibir as isoformas do citocromo
P450, CYP1A2, CYP2C9, CYP2C19, CYP2D6 e CYP3A.
Reações adversas
Dados de estudos clínicos: A olanzapina foi administrada a 2.500 pacientes,
em estudos controlados abertos e duplo-cegos, com pacientes internados e de
ambulatório sob tratamento de curta e longa duração. Os
únicos efeitos indesejáveis considerados freqüentes (>
10%), associados com o uso da olanzapina em estudos clínicos, foram sonolência
e aumento de peso. As concentrações de prolactina no plasma foram
elevadas em 34% dos pacientes tratados com olanzapina, porém, foram elevações
leves e transitórias (estatisticamente não houve diferença
quando comparado com placebo) e com raras manifestações clínicas
(p. ex.: ginecomastia, galatorréia e hipertrofia mamária). Na
maior parte dos pacientes os níveis voltaram a limites normais sem interrupção
do tratamento. Os efeitos indesejáveis considerados ocasionais (1%-10%),
associados com o uso da olanzapina em estudos clínicos, foram tontura,
acatisia, aumento de apetite, edema periférico, hipotensão ortostática,
boca seca e constipação. Foram observadas ocasionalmente elevações
assintomáticas e transitórias das transaminases hepáticas,
ALT/SGPT e AST/SGOT. Foi também ocasionalmente observada eosinofilia
assintomática.
Posologia e administração
A dose inicial recomendada de olanzapina é 10 mg/dia, administrada uma
vez ao dia, independente das refeições, uma vez que a absorção
não é afetada pelo alimento. A variação de dose
de olanzapina é de 5 a 20 mg por dia. A dose diária deve ser ajustada
de acordo com a evolução clínica. Aumento de dose acima
da dose diária de rotina de 10 mg só é recomendado após
avaliação clínica apropriada. Pode ser considerada uma
dose inicial mais baixa de 5 mg por dia, para pacientes geriátricos,
quando os fatores clínicos justificarem. Uma dose inicial de 5 mg pode
ser considerada também para pacientes com insuficiência renal grave
ou hepática moderada. Pode ser considerada uma dose inicial mais baixa
em pacientes que exibem uma combinação de fatores (sexo feminino,
geriátrico, não-tabagista) que podem diminuir o metabolismo da
olanzapina. A olanzapina não foi estudada em indivíduos com menos
de 18 anos de idade.