Rivotril®

Clonazepam

Anticonvulsivante/Ansiolítico

Uso adulto e pediátrico


Gotejar com o frasco na vertical e bater levemente no fundo para iniciar o gotejamento.

A tampa possui lacre inviolável. Caso o lacre esteja rompido, não receba o frasco ou retorne ao local da compra. A mudança de embalagem visa facilitar o uso do produto pelo consumidor. As características físicas e químicas não foram alteradas.

Forma farmacêutica e apresentações - Comprimidos de 0,5 mg e 2 mg: Caixas com 20 e 30. Gotas de 2,5 mg/ml (1 gota = 0,1 mg): Frasco com 20 ml.

Composição - Ingrediente ativo: 5-(o-clorofenil)-1,3-diidro-7-nitro-2H-1,4-benzodiazepina-2 -ona (clonazepam). Excipientes: Comprimidos de 0,5 mg: Lactose, amido de milho, amido pré-gelatinizado, óxido de ferro amarelo, óxido de ferro vermelho, talco, estearato de magnésio. Comprimidos de 2,0 mg: Lactose, amido pré-gelatinizado, estearato de magnésio, celulose microcristalina. Gotas de 2,5 mg: Sacarina sódica, ácido acético glacial, propilenoglicol, aroma pêssego.

Informações técnicas

Características químicas e farmacológicas - Farmacocinética: O clonazepam é quase completamente absorvido após administração oral. A biodisponibilidade absoluta dos comprimidos de clonazepam é maior do que 90%. As concentrações plasmáticas máximas de clonazepam são alcançadas dentro de 2-3 horas após a administração oral. O clonazepam é eliminado por biotransformação, com a eliminação subseqüente de metabólitos na urina e bile. Menos que 2% de clonazepam inalterado são excretados na urina. A biotransformação ocorre principalmente pela redução do grupo 7-nitro para o derivado 4-amino. O produto pode ser acetilado para formar 7-acetamido-clonazepam ou glicuronizado. O 7-acetamido-clonazepam e o 7-amino-clonazepam podem ser adicionalmente oxidados e conjugados. Os citocromos P450 da família 3A desempenham um importante papel no metabolismo de clonazepam. A meia-vida de eliminação de clonazepam é de 33 a 40 horas. O clonazepam está ligado em 82% a 88% às proteínas plasmáticas. Os dados disponíveis indicam que a farmacocinética de clonazepam é dose-independente. Em voluntários participantes de estudos com dose múltipla, as concentrações plasmáticas de clonazepam são proporcionais à dose. A farmacocinética de clonazepam após a administração repetida é previsível por estudos de dose única. Isto não representa evidência de que o clonazepam induz seu próprio metabolismo ou o metabolismo de outras drogas em humanos. Não foram realizados estudos controlados para examinar a influência do sexo e idade sobre a farmacocinética de clonazepam. Não foi estudado o efeito das doenças renais e hepáticas sobre a farmacocinética de clonazepam.

Indicações - Rivotril® (Clonazepam) está indicado isoladamente ou como adjuvante no tratamento das crises epilépticas mioclônicas, acinéticas, ausências típicas (petit mal), ausências atípicas (síndrome de Lennox-Gastaut). Rivotril® (Clonazepam) está indicado como medicação de segunda linha em espasmos infantis (síndrome de West). Em crises epilépticas clônicas (grande mal), parciais simples, parciais complexas e tonicoclônica generalizadas secundárias, Rivotril® (Clonazepam) está indicado como tratamento de terceira linha. Rivotril® (Clonazepam) está indicado para o tratamento do distúrbio do pânico com ou sem agorafobia.

Contra-indicações - Rivotril® (Clonazepam) não deve ser usado por pacientes com história de sensibilidade aos benzodiazepínicos, nem em pacientes com evidência significativa clínica ou bioquímica de doenças hepáticas. Pode ser usado em pacientes com glaucoma de ângulo aberto quando estão recebendo terapia apropriada, mas é contra-indicado em glaucoma agudo de ângulo fechado.

Precauções e advertências - Considerando que Rivotril® (Clonazepam) causa depressão do SNC, os pacientes que estão recebendo esta droga devem ser advertidos quanto a realizar ocupações perigosas que requerem agilidade mental, como operar máquinas ou dirigir veículos. Também devem ser advertidos sobre o uso concomitante de álcool ou outras drogas depressoras do SNC durante a terapia com Rivotril® (Clonazepam) (ver Interações medicamentosas).

Gravidez e lactação - Em diversos estudos foi sugerida malformação congênita associada ao uso de drogas benzodiazepínicas (diazepam e clordiazepóxido). Rivotril® (Clonazepam) só deve ser administrado a mulheres grávidas se os benefícios potenciais superarem os riscos potenciais para o feto. Deve ser considerada a possibilidade de que uma mulher em idade fértil pode estar grávida por ocasião do início da terapia. Caso esta droga for usada durante a gravidez, a paciente deve ser avisada do perigo potencial ao feto. As pacientes também devem ser avisadas de que se engravidarem ou pretenderem engravidar durante a terapia, devem consultar seu médico sobre a possibilidade de descontinuar a droga. Distúrbio epiléptico: Relatórios recentes sugerem uma associação entre o uso de drogas anticonvulsivas por mulheres com epilepsia e a incidência elevada de deficiência congênita nas crianças nascidas dessas mulheres. Os dados são mais abrangentes em relação à difenil-hidantoína e ao fenobarbital, mas esses também são os anticonvulsivos prescritos mais comumente; relatórios menos sistemáticos ou históricos sugerem uma possível associação similar com o uso de todas as drogas anticonvulsivas conhecidas. Os relatórios que sugerem uma elevada incidência de deficiências congênitas em crianças nascidas de mulheres epilépticas tratadas com drogas anticonvulsivas não podem ser considerados adequados para provar uma relação causa-efeito definitiva. Existem problemas metodológicos intrínsecos para a obtenção de dados adequados sobre teratogenicidade em humanos; também existe a possibilidade de outros fatores, p. ex.: fatores genéticos ou a própria condição epiléptica, que podem ser mais importantes que a terapia com medicamentos para causar defeitos congênitos. A grande maioria das gestantes recebendo medicação anticonvulsiva gera crianças normais. É importante notar que as drogas anticonvulsivas não devem ser descontinuadas em pacientes para os quais a droga é administrada para prevenir ataques epilépticos por causa da forte possibilidade de precipitar estados epilépticos, com hipoxia e risco de vida. Em casos individuais, onde a gravidade e freqüência da disfunção epiléptica é tal que a interrupção do medicamento não represente sério risco para a paciente, a descontinuação da droga pode ser considerada antes e durante a gravidez, embora não se possa dizer com confiança que mesmo ataques epilépticos moderados não possam representar perigo para o desenvolvimento do embrião ou feto. Essas informações devem ser consideradas no tratamento ou aconselhamento de mulheres epilépticas com potencial para procriar. Distúrbio do pânico: Os riscos para a gravidez associados ao uso de Rivotril® (Clonazepam) no tratamento dos distúrbios do pânico não são conhecidos. Considerando que fatores de risco tais como convulsões e uso de anticonvulsivantes são particularmente uma preocupação para as pacientes com epilepsia, a medicação deve ser considerada somente após cuidadosa avaliação da relação risco/benefício para o tratamento de distúrbio do pânico em mulheres em idade fértil ou em mulheres grávidas.

Recomendações gerais - O uso de Rivotril® (Clonazepam) em mulheres em idade fértil deve ser considerado somente quando a situação clínica permita o risco. Lactação: Mães recebendo Rivotril® (Clonazepam) não devem amamentar seus bebês. Uso em crianças: Devido à possibilidade de ocorrência de efeitos adversos no desenvolvimento físico e mental tornarem-se aparentes somente depois de muitos anos, uma avaliação de risco/benefício do uso a longo prazo de Rivotril® (Clonazepam) é importante para pacientes pediátricos sendo tratados por distúrbios epilépticos. Não há experiência de estudos clínicos com Rivotril® (Clonazepam) em pacientes com distúrbio do pânico com idade inferior a 18 anos. Ocorreram sintomas de descontinuação do tipo barbiturato após a descontinuação dos benzodiazepínicos (veja "Abuso e dependência da droga").

Precauções - Em alguns estudos, até 30% dos pacientes apresentaram perda da atividade anticonvulsiva, freqüentemente dentro de três meses iniciais da administração. Em alguns casos o ajuste de dose pode restabelecer a eficácia. Quando usado em pacientes nos quais coexistem vários tipos de distúrbios epilépticos, Rivotril® (Clonazepam) pode aumentar a incidência ou precipitar o aparecimento de crises tonicoclônicas generalizadas (grande mal). Isso pode requerer a adição de anticonvulsivos adequados ou um aumento de suas dosagens. O uso concomitante de ácido valpróico e Rivotril® (Clonazepam) pode causar estado de mal de ausência. Recomenda-se realizar exames de sangue periódicos e testes da função hepática durante a terapia a longo prazo com Rivotril® (Clonazepam). A interrupção abrupta de Rivotril® (Clonazepam), particularmente naqueles pacientes recebendo terapia a longo prazo e em doses altas, pode precipitar o estado de mal epiléptico. Portanto, ao descontinuar Rivotril® (Clonazepam), é essencial a descontinuação gradual. Enquanto Rivotril® (Clonazepam) está sendo descontinuado gradualmente, a substituição concomitante por outro anticonvulsivante deve ser indicada. Os metabólitos de Rivotril® (Clonazepam) são excretados pelos rins; para evitar seu acúmulo excessivo, cuidados especiais devem ser tomados na administração da droga para pacientes com insuficiência renal. Rivotril® (Clonazepam) pode causar aumento da salivação. Isto deve ser considerado antes da administração da medicação para pacientes que têm dificuldade para manipular as secreções. Por essa razão e pela possibilidade de depressão respiratória, Rivotril® (Clonazepam) deve ser usado com precaução em pacientes com doenças respiratórias crônicas. Uso em pacientes deprimidos: Rivotril® (Clonazepam) deve ser administrado com precaução para pacientes apresentando sinais ou sintomas de depressão, de maneira similar a outros benzodiazepínicos.

Interações medicamentosas - Farmacocinética: Em um número limitado de estudos, o clonazepam não alterou a farmacocinética de outras drogas. O fenobarbital, fenitoína e carbamazepina induzem o metabolismo de clonazepam. A propantelina pode diminuir levemente a absorção de clonazepam. A fluoxetina e a ranitidina não afetam a farmacocinética do clonazepam. Apesar de não terem sido realizados estudos clínicos com base no envolvimento da família do citocromo P450 3A no metabolismo de clonazepam, os inibidores dessa enzima, especialmente os agentes antifúngicos orais, devem ser usados cuidadosamente em pacientes recebendo clonazepam. Farmacodinâmica: A ação de depressão do SNC da classe de drogas dos benzodiazepínicos pode ser potencializada pelo álcool, narcóticos, barbitúricos, hipnóticos não-barbitúricos, agentes ansiolíticos, as fenotiazinas, agentes antipsicóticos das classes do tioxanteno e butirofenona, inibidores da monoaminoxidase e antidepressivos tricíclicos e por outras drogas anticonvulsivas. Carcinogenicidade, mutagenicidade, infertilidade: Não foram realizados estudos de carcinogenicidade com clonazepam, porém um estudo com o medicamento oral administrado cronicamente por 18 meses em ratos não revelou nenhum tipo de tumor relacionado ao clonazepam. Adicionalmente, não há evidência de potencial mutagênico, conforme confirmado pelos três testes de reparo (rec. Pol, Uvr.) e testes de reversão (Ames) ambos in vitro ou em ratos (in vitro/in vivo). Em um estudo de fertilidade de duas gerações com clonazepam administrado oralmente para ratos em doses de 10 ou 100 mg/kg/dia, foi constatada diminuição do número de gravidezes e diminuição da sobrevivência de crias até desmamar. Esses efeitos não foram observados em nível de dose de 5 mg/kg/dia.

Reações adversas - 1. População com distúrbio epiléptico: Os efeitos colaterais que ocorreram com maior freqüência com Rivotril® (Clonazepam) são referentes à depressão do SNC. A experiência no tratamento de crises epilépticas demonstrou a ocorrência de sonolência em aproximadamente 50% dos pacientes e ataxia em aproximadamente 30%. Em alguns casos, esses sintomas e sinais podem diminuir com o tempo; foram observados problemas comportamentais em aproximadamente 25% dos pacientes. Outras reações relacionadas por sistema são: Neurológico: Movimentos anormais dos olhos, afonia, movimentos coreiformes, coma, diplopia, disartria, disdiadococinesia, aparência de olho-vítreo, enxaqueca, hemiparesia, hipotonia, nistagmo, depressão respiratória, fala mal articulada, tremor, vertigem. Psiquiátrico: Confusão, depressão, amnésia, alucinações, histeria, libido aumentada, insônia, psicose, tentativa de suicídio (os efeitos sobre o comportamento podem ocorrer com maior probabilidade em pacientes com história de distúrbios psiquiátricos). Respiratório: Congestão pulmonar, rinorréia, respiração ofegante, hipersecreção nas vias respiratórias superiores. Cardiovascular: Palpitações. Dermatológico: Perda de cabelo, hirsutismo, erupção cutânea, edema facial e do tornozelo. Gastrintestinal: Anorexia, língua saburrosa, constipação, diarréia, boca seca, encoprese, gastrite, hepatomegalia, apetite aumentado, náusea, gengivas doloridas. Geniturinário: Disúria, enurese, noctúria, retenção urinária. Musculoesquelético: Fraqueza muscular, dores. Diversos: Desidratação, deterioração geral, febre, linfadenopatia, ganho ou perda de peso. Hematopoético: Anemia, leucopenia, trombocitopenia, eosinofilia. Hepático: Elevações temporárias das transaminases séricas e da fosfatase alcalina. 2. Reações adversas em estudos clínicos para tratamento de distúrbio do pânico: A tabela a seguir apresenta a incidência de eventos adversos para 771 pacientes tratados em dois estudos duplo-cegos, placebo-controlados. Em relação ao grupo-placebo, foi observada incidência significativamente maior dos seguintes eventos adversos para o grupo Rivotril® (Clonazepam): sonolência, fadiga, depressão, irritabilidade, sensação de cabeça leve, ataxia, perda de equilíbrio, coordenação prejudicada, concentração prejudicada, tosse e confusão. Entre estes, a sonolência, irritabilidade, ataxia, perda de equilíbrio e coordenação prejudicada mostraram tendências que sugerem uma relação dose-resposta. Com exceção da tosse, os eventos adversos que ocorreram com maior freqüência com Rivotril® (Clonazepam) apresentaram predileção pelo sistema nervoso central e efeitos psicomotores, que são característicos da classe dos benzodiazepínicos. Os dados são apresentados por grupo de dose: placebo, clonazepam 1 mg/dia até menos que 3 mg/dia e clonazepam 3 mg/dia ou mais.

Tabela de eventos adversos

Eventos adversos mais freqüentes Porcentagem de pacientes com eventos
(pelo menos 5% de incidência em um grupo) adversos por grupo de tratamento

Experiência adversa Placebo 1-< 2 mg/d 2-< 3 mg/d ³ 3 mg

Sonolência 15,6 42,6 58,4 54,9
Enxaqueca 24,8 13,2 15,9 21,3
Infecção das vias
respiratórias superiores 9,5 11,6 12,4 11,9
Fadiga 5,8 10,1 8,8 9,8
Gripe 7,1 4,7 7,1 9,4
Depressão 2,7 10,1 8,8 9,4
Vertigem 5,4 5,4 12,4 8,9
Irritabilidade 2,7 7,8 5,3 8,5
Insônia 5,1 3,9 8,8 8,1
Ataxia 0,3 0,8 4,4 8,1
Perda do equilíbrio 0,7 0,8 4,4 7,2
Náusea 5,8 10,1 9,7 6,8
Coordenação anormal 0,3 3,1 4,4 6,0
Sensação de cabeça leve 1,0 1,6 6,2 4,7
Sinusite 3,7 3,1 8,0 4,3
Concentração prejudicada 0,3 2,3 5,3 3,8
Confusão 0,3 1,6 2,7 1,7
Tosse 0,0 2,3 4,4 1,3
Número de pacientes
por grupo de dose 294 129 113 235

Os seguintes eventos adversos adicionais foram relatados em mais de 1%, mas em menos de 5% dos 574 pacientes tratados com Rivotril® (Clonazepam), em estudos clínicos placebo-controlados: Corpo como um todo: Reação alérgica, aumento de peso. Insuficiência cardiovascular: Dor torácica. Distúrbios do sistema nervoso central e periférico: Anormalidades de coordenação, disartria, letargia, enxaqueca, parestesia, tremor. Distúrbios do sistema gastrintestinal: Desconforto abdominal, dor abdominal, apetite aumentado, apetite diminuído, constipação, diarréia, inflamação gastrintestinal, boca seca, mal-estar estomacal, dor de dente, vômito. Distúrbios auditivo e vestibular: Otite, vertigem. Distúrbios do sistema musculoesquelético: Lombalgia, fratura traumática, mialgia, nucalgia, deslocamentos e tensões. Distúrbios psiquiátricos: Ansiedade, ataque de ansiedade, concentração prejudicada, confusão, despersonalização, disforia, labilidade emocional, esquecimento, libido diminuída, distúrbio da memória, nervosismo, desinibição orgânica, idéias suicidas, lamentações. Distúrbio reprodutivo feminino: Dismenorréia. Distúrbio do mecanismo de resistência: Infecção viral. Distúrbios do sistema respiratório: Bronquite, tosse, dispnéia, congestão nasal, faringite, rinite, congestão sinusal. Distúrbios da pele e anexos: Erupção cutânea. Distúrbios do sistema urinário: Cistite, micção freqüente, infecção do trato urinário.

Abuso e dependência da droga - Ocorreram sintomas de descontinuação, com características similares àqueles notados com barbitúricos e álcool (p. ex.: convulsões, psicoses, alucinações, distúrbio comportamental, tremor, cãibras musculares), após a descontinuação abrupta do clonazepam. Os sintomas de descontinuação mais graves normalmente foram limitados àqueles pacientes que receberam doses excessivas durante um período de tempo prolongado. Sintomas de descontinuação geralmente moderados (p. ex.: disforia e insônia) foram relatados após a descontinuação abrupta de benzodiazepínicos administrados continuamente em níveis terapêuticos durante vários meses. Conseqüentemente, após a terapia prolongada, a interrupção abrupta deve ser geralmente evitada e deve ser realizada diminuição gradual e programada (ver Dosagem e administração). Os indivíduos predispostos a adquirir dependência (como os viciados em drogas ou álcool) devem ser vigiados com cuidado quando recebem clonazepam ou outros agentes psicotrópicos, devido à predisposição desses pacientes em adquirir hábito e dependência.

Dosagem e administração - Recém-nascidos e crianças com ataques epilépticos: Rivotril® (Clonazepam) é administrado por via oral. Para minimizar a sonolência, a dose inicial para recém-nascidos e crianças (até 10 anos de idade ou 30 kg de peso corpóreo) deve estar entre 0,01 e 0,03 mg/kg/dia, porém não deve exceder 0,05 mg/kg/dia administrados divididos em duas ou três doses. A dosagem não deve ser aumentada em mais do que 0,25 a 0,5 mg a cada três dias, até que seja alcançada a dose diária de manutenção de 0,1 a 0,2 mg/kg, a não ser que os ataques epilépticos estejam controlados ou que os efeitos colaterais tornem desnecessário o aumento adicional. Sempre que possível, a dose diária deve ser dividida em três doses iguais. Caso as doses não sejam divididas de forma equitativa, a maior dose deve ser administrada antes de se deitar. Recém-nascidos e crianças com distúrbios do pânico: Não existe experiência nos estudos clínicos com Rivotril® (Clonazepam) em pacientes com distúrbio do pânico com menos de 18 anos de idade. Adultos com distúrbios epilépticos: A dose inicial para adultos com crises epilépticas não deve exceder 1,5 mg/dia dividida em três doses. A dosagem pode ser aumentada com acréscimos de 0,5 a 1 mg a cada três dias até que as crises epilépticas estejam adequadamente controladas ou até que os efeitos colaterais tornem qualquer incremento adicional indesejável. A dosagem de manutenção deve ser individualizada para cada paciente, dependendo da resposta. A dose diária máxima recomendada é de 20 mg. O uso de múltiplos anticonvulsivantes pode resultar no aumento dos efeitos adversos depressores. Isto deve ser considerado antes de adicionar Rivotril® (Clonazepam) ao regime anticonvulsivo existente. Adultos com distúrbio do pânico: A dose inicial para adultos com distúrbio do pânico é de 0,5 mg/dia, dividida em duas doses. A dose pode ser aumentada com acréscimos de 0,25 a 0,5 mg/dia a cada três dias até que o distúrbio do pânico esteja controlado ou até que os efeitos colaterais tornem qualquer acréscimo adicional indesejável. A dose de manutenção deve ser individualizada para cada paciente, dependendo da resposta. A maioria dos pacientes pode esperar o equilíbrio desejado, entre a eficácia e os efeitos colaterais com doses de 1 a 2 mg/dia, mas alguns poderão necessitar de doses de até 4 mg/dia. A administração de uma dose ao deitar, além de reduzir a inconveniência da sonolência, pode ser desejável, especialmente durante o início do tratamento. O tratamento deve ser descontinuado gradativamente, com a diminuição de 0,25 mg/dia a cada três dias até que a droga seja totalmente descontinuada.

Superdosagem - Os sintomas de superdosagem de Rivotril® (Clonazepam), similares àqueles causados por outros depressores do SNC, incluem sonolência, confusão, coma e reflexos diminuídos. O tratamento inclui monitorização da respiração, freqüência cardíaca e pressão arterial, medidas de suporte geral e lavagem gástrica imediata. Devem ser administrados fluidos intravenosos e deve ser mantida a via aérea patente. A hipotensão pode ser combatida pelo uso de levarterenol ou metaraminol. Não é conhecido o valor da diálise. O flumazenil, um antagonista específico de receptor benzodiazepínico, é indicado para a reversão completa ou parcial dos efeitos sedativos dos benzodiazepínicos e pode ser usado em situações conhecidas ou suspeitas de superdosagem com um benzodiazepínico. Antes da administração de flumazenil, devem ser instituídas medidas necessárias para assegurar a respiração e acesso intravenoso. O flumazenil é considerado como um suplemento e não como um substituto para o tratamento formal da superdosagem por benzodiazepínicos. Os pacientes tratados com flumazenil devem ser monitorados para sedação, depressão respiratória e outros efeitos benzodiazepínicos residuais por um período adequado após tratamento. Os médicos devem estar atentos ao risco de crise epiléptica em associação ao tratamento com flumazenil, particularmente em usuários de benzodiazepínicos de longo prazo, e na superdosagem por antidepressivo cíclico. A bula completa da embalagem de flumazenil, incluindo Contra-indicações, Advertências e Precauções, deve ser consultada antes de seu uso.

O abuso deste medicamento pode causar dependência.

Venda Sob Prescrição Médica.

Registro no M.S. 1.0100.0072.

Produtos ROCHE Químicos e Farmacêuticos S/A.