Depressão como Fator de Risco para Infarto do Miocárdio
A finalidade desse
trabalho é estudar a relação entre depressão,
ansiedade e o uso de antidepressivos
como fator de risco para a doença isquêmica do miocárdio.
Atualmente admite-se que mais de 45% dos pacientes internados por causa
de infarto do miocárdio apresentem um quadro depressivo. Os últimos
estudos vêem apontando a depressão como mais um fator de
risco para o infarto, junto ao cigarro, vida sedentária, má
alimentação.
Método - Cinco mil seiscentos e vinte e três pacientes
foram extraídos das documentações gerais de um hospital.
Cento e oitenta e oito deles com história de infarto do miocárdio
foram destacados e comparados a quatrocentos e vinte e oito sem este problema.
Cento e trinta e nove mulheres com história de infarto do miocárdio
desta amostra foram comparadas a quatrocentos e doze controles.
Resultados - O grupo de pacientes com infarto e história
de depressão passada encontrado era três vezes maior do que
o grupo de pacientes com infarto sem história de depressão.
Esta proporção manteve-se mesmo sendo considerados outros
fatores de risco como tabagismo, diabetes e hipertensão.
Conclusão - A depressão aumenta as chances dos homens
virem a sofrer um infarto do miocárdio, pelo menos nos dez anos
seguintes a depressão. Os transtornos de ansiedade não se
associam a esta morbidade cardíaca. As mulheres não apresentaram
maiores riscos de sofrer um infarto do miocárdio quando apresentam
uma história pregressa de depressão..
Última Atualização
14-10-2004
Referência Biblio.
:Brit Med J 1998; No
7146 pag: 1714-9
Depression as Risk Factor for Ischemic Hert Disease in Men: Population
Base Case-control Study
|