AVC como fator de risco para depressão
Admite-se aqui a hipótese
de que perturbações nos pequenos vasos terminais no cérebro
podem afetar a neurofisiologia cerebral levando à depressão.
A finalidade desse estudo é descobrir algo contra o qual se possa
lutar para prevenir a depressão, principalmente no idoso, pois
estes são os principais afetados por AVC. Acredita-se que talvez
o AVC provoque depressão: se esta relação existir
a prevenção do AVC serve como preventivo indireto da depressão.
Métodos A amostra de pacientes foi selecionada a
partir de pacientes com mais de 50 anos de idade, sem patologias cerebrais
como demência, internados
num determinado hospital americano entre os anos de 1990 e 1993. Desta
amostra foram selecionados 130 pacientes com depressão aos quais
foram aplicadas escalas de avaliação de depressão.
Como grupo controle utilizou-se do mesmo hospital, 64 pacientes sem depressão.
Foram medidos fatores de risco cerebrovasculares entre esses dois grupos
e posteriormente comparados. Os fatores de risco cerebrovasculares são:
Pressão sistólica do sangue
Tratamento antihipertensivo
Doenças Cardiovasculares
Diabete Mellitus
Hipertensão Arterial
Fibrilação Atrial
Hipertrofia Ventricular Esquerda
Fumo de Cigarros
A cada um destes fatores foi atribuído um peso e obteve-se para
cada paciente um índice com fator de risco cerebrovascular.
Resultados
Não se confirmou a relação entre o comprometimento
cerebrovascular e a maior incidência de depressão. Fazendo-se
uma associação isolada obtém-se uma relação
entre a Diabete Mellitus ou a Fibrilação Atrial com a depressão.
Conclusão - Os autores admitiram que não há
relação entre AVC e a depressão conforme a hipótese
estipulada, pelo menos nada que se perceba com este modelo de estudo.
Última
Atualização
4-10-2004
Referência Biblio
.Am J Geriatr Psychiatry
1998; 6:5-13
Cerebrovascular Risk Factors and Later-Life Major Depression
Jeffrey M. Lyness, M.D
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