Cocaína Transtornos relacionados por semelhança ou classificação |
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Efeitos psicológicos
induzidos pela cocaína
O principal efeito e motivação provocados pelo uso da cocaína
nas doses habitualmente empregadas são a euforia, o estado de bem estar,
elevação do humor e aumento da auto-estima. Os tímidos
tornam-se mais sociáveis e aumentam a vontade de falar, ainda que o diálogo
seja vazio. É muito difícil uma pessoa conseguir de forma intensa,
todas essas sensações pelas próprias forças. Por
outro lado, é um tanto suspeita a vontade de obtê-las. Hoje em
dia qualquer pessoa que conheça em teoria os efeitos da cocaína
conhece também seus malefícios e quem quer que seja, para aceitar
seu uso provavelmente está passando por alguma fase ou experiência
ruim. Uma pessoa que esteja pensando em consumir a cocaína pela primeira
vez deve consultar antes um psicólogo ou um psiquiatra. Muitas vezes
essas pessoas estão na verdade entrando em depressão ou não
estão conseguindo sozinhas encontrar saída para as próprias
dificuldades. Se houver um quadro incipiente de depressão é indicado
um tratamento específico. Se houver problemas normais embora difíceis
é melhor buscar ajuda para resolvê-los porque do contrário
passará a existir uma tendência a procurar a cocaína todas
as vezes que houver problemas.
Efeitos psicológicos desagradáveis também podem acontecer
como tendência à desconfiança de tudo e todos, ansiedade,
irritabilidade, estereotipias (comportamento repetitivo de forma não
justificável).
Efeitos biológicos
da cocaína
Os mais comuns são aceleração do ritmo cardíaco
ou menos freqüentemente diminuição. Dilatação
pupilar tornando mais difícil estar em ambientes claros. Elevação
da pressão sanguínea ou menos freqüentemente diminuição
da pressão. Calafrios, náuseas e vômitos. Perda de peso
conseqüente à perda de apetite. Agitação psicomotora
ou menos freqüentemente retardo psicomotor. Dores musculares, diminuição
da capacidade respiratória e arritmias cardíacas. Recentemente,
a relação entre o consumo de cocaína e infarto do miocárdio
vem sendo estudada. Os estudos estão confirmando a predisposição
ao infarto provocado pela cocaína. A cocaína provoca por um lado
aumento do consumo de oxigênio e por outro lado diminuição
da capacidade de captação de oxigênio. Caso uma pessoa esteja,
sem saber, no limite da capacidade de oxigenação no coração,
estará correndo risco de precipitar um infarto.
Dependência/Tolerância
A tolerância é um fenômeno observado no uso de várias
substâncias lícitas e ilícitas. Dentre as lícitas
o álcool, os tranqüilizantes e os hipnóticos benzodiazepínicos
são os mais conhecidos, dentre as ilícitas temos a maconha, a
cocaína com seus correlatos e os derivados da morfina como a heroína.
Consiste na perda de eficácia com o uso, seja pelo aumento da velocidade
de eliminação que o organismo desenvolve, seja pela habituação
que o tecido alvo, no caso o cérebro, desenvolve para o efeito da substância
em uso. A tolerância significa que para se obter o mesmo efeito que se
teve pela primeira vez, é necessário uma dose cada vez maior,
até que se chegue a um ponto onde não se consegue mais obter o
efeito da primeira vez, mesmo com doses muito maiores. Nesta fase é que
ocorre o perigo da overdose. Uma vez que o efeito de inibição
da respiração não apresenta tolerância, acaba sendo
atingido antes do efeito euforizante.
A tolerância é um resultado não desvinculável da
dependência. Quando o usuário começa a precisar aumentar
a dose começa a ficar dependente. O efeito da dependência só
acontece quando se interrompe o uso da cocaína. A falta da cocaína
é identificada pela abstinência.
Última Atualização:
8-10-2004
Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv
02 Liv 07 Liv
15 Health Edu
Res 2001; 4: 457-469
Understanding Reasons for Drug Use Among Young People
Annabel Boys