Tricotilomania Transtornos relacionados por semelhança ou classificação |
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O que é?
A tricotilomania é um distúrbio do controle dos impulsos caracterizado
pela crônica tendência a puxar ou arrancar os próprios cabelos.
Tem sido caracterizada como um transtorno do espectro do transtorno obsessivo
compulsivo. O alvo é direcionado para qualquer tipo de pêlo do
corpo e geralmente há mais de um foco, como por exemplo cabelos e sobrancelhas.
O início pode ocorrer na infância ou adolescência e continuar
ao longo da vida. Ansiedade e depressão frequentemente acompanham o quadro.
Como é o paciente com
tricotilomania?
Acompanhado o ritual de arrancamento dos pêlos geralmente as pessoas com
esse transtorno fica alisando, enrolando e puxando os pêlos alvos. Esse
ritual pode ser realizado enquanto se assiste à TV, dirige um carro,
fala ao telefone, enquanto lê ou mesmo durante conversas com pessoas mais
íntimas. Enquanto se realiza esse ritual a tensão se eleva e um
desejo incontrolável de arrancar o pêlo se impôe, após
o arrancamento há imediatamente uma sensação de alívio
da tensão seguida de culpa por tê-lo feito. Muitas pessoas depois
de arrancar o cabelo ou os pelôs põem-no naboca e engolem. Como
o arrancamente é realizado sobre locais específicos logo surge
uma região de visível falta de pêlos levando a pessoa a
adotar um comportamento para escondê-lo, principalmente quando é
na cabeça. Situações que podem expor a calvície
como programas em piscinas e praias por exemplo. Apesar dos prejuízos
pessoais o comportamento continua. Algumas vezes o remorço por ter arrancado
o cabelo leva a um comportamento de auto-punição, e como punição
arranca-se mais cabelos.
Qual o curso dessa patologia?
O curso é variável, os casos de início cedo ou de leve
intensidade podem ser contornados com mudanças no ambiente do paciente,
tornando-o mais harmônico. Os casos de início tardio ou mais severos
tendem a ser crônicos, requerendo intervenção médico-psicológica.
Sobre quem a tricotilomania
costuma incidir?
Acreditava-se ser um transtorno raro, mas sabe-se hoje que aproximadamente 4%
da população apresenta tricotilomania. As mulheres são
4 vezes mais acometidas do que os homens. O início geralmente se dá
antes dos 17 anos de idade. Início precoce é considerado antes
dos 6 anos de idade, nessa fase a incidência é igual para ambos
os sexos, a intervenção psicológica costuma ser bem sucedida
quando o início se dá nessa época. Após os 13 anos
é considerado início tardio e nessa fase ocorre mais em meninas
sendo de mais difícil controle.
Tratamento
As ténicas comportamentais, a hipnose e os antidepressivos estão
entre as condutas que obtêm melhores resultados. Os
antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina apresentam
bons resultados no início do tratamento mas não mantêm o
benefício. Tentativas têm sido feitas com outros psicofármacos
associados a esses antidepressivos como o lítio e a pimozida.
Os resultado foram encorajadoes mas precisam ser confirmados. Aconselha-se que
as medicações sejam administradas em conjunto com psicoterapia.
Última Atualização:
7-12-2005
Ref Bibliográfica:
J Clin Psychiatry. 1996;57 Suppl 8:42-7;
The characterization
and treatment of trichotillomania.
Christenson GA, Crow SJ.
J Clin Psychiatry. 1992 Apr;53(4):123-6.
Low-dose pimozide augmentation of serotonin reuptake blockers in the treatment
of trichotillomania.
Stein DJ, Hollander E.