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Fisiopatologia da Síndrome Pré-Menstrual
As estratégias de tratamento são
normalmente empíricas, mas quando se conhece o mecanismo da doença
fica mais fácil de buscar um tratamento específico. Apesar
dos estudos do tratamento e da fisiopatologia das doenças se complementarem,
a evolução do conhecimento dessas áreas costuma seguir
ritmos distintos.
O tratamento hoje aplicado à síndrome pré-menstrual
é todo empírico, mas começam a ser desvendadas as
primeiras hipóteses mais plausíveis deste problema.
A progesterona possui dois metabólitos com atividade psicotrópica:
Allopregnanolona e a Pregnenolona. Esses metabólitos interagem
com o complexo receptor do ácido gama aminobutírico A, alterando
a excitabilidade neural. A Allopregnanolona possui atividade ansiolítica.
Sua diminuição, portanto, predispõe a ansiogênese.
Já a Pregnenolona antagoniza o outro metabólito promovendo
a ansiedade. Assim, caso aumentasse a disponibilidade de progesterona
os sintomas piorariam uma vez que o metabolismo está desviado.
A hipótese da origem da síndrome pré-menstrual se
baseia no desbalanceamento do controle da metabolização
da Progesterona, onde a oferta do metabólito ansiolítico
está diminuída e a oferta do metabólito ansiogênico
aumentada.
Última
Atualização
13-10-2004
Referência Biblio.:
Lancet 1998 Vol 351 No 9101 pag 465
Fisiopatologia da Síndrome Pré-Menstrual
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