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Clomipramina |
O que é
?
A clomipramina
é um antidepressivo tricíclico, portanto um antidepressivo dos mais
antigos.
Como
é usado ?
A
apresentação em drágeas de 25mg não permite o fracionamento da medicação, o que
na verdade não é necessário pois essas doses são relativamente pequenas. A dose
média recomentada são 100mg/dia, podendo chegar a 250mg ou 300mg caso os efeitos
colaterais sejam bem tolerados pelo paciente e os benefícios justifiquem
essa dose. Pode ser usada em crianças na dose de 3mg/Kg de peso por dia. É preferível
que a dose seja distribuída ao longo do dia sendo a maior parte concentrada a
noite, por exemplo: 1/4 da dose pela manhã, 1/4 a tarde e 1/2 a noite, assim os
efeitos colaterais deverão incomodar menos pois se manifestarão com mais intensidade
enquanto o paciente estiver dormindo. Para abrandar os efeitos colaterais a dose
deve ser elevada lentamente e ao fim do tratamento retirada lentamente também,
com alguns dias de intervalo entre uma e outra redução. Em geral o médico retira
aproximadamente 25% da dose a cada redução.
Principais
efeitos
Os principais efeitos do clomipramina são o combate
à depressão e ao sintomas
obsessivos. Quanto ao primeiro efeito
sua ação é semelhante aos demais do grupo (imipramina,
amitriptilina, nortriptilina).
Contudo como antiobsessivo destaca-se por ser consideravelmente superior aos do
seu grupo, equivalendo-se apenas aos antidepressivos do grupo dos inibidores da
recaptação da serotonina. Além desses efeitos possui também eficácia suficiente
para bloquear as crises de pânico. Uma
outra situação frequentemente usada é a dor crônica que encontra em associação
de outras medicações com o clomipramina bons resultados. A principal limitação
dessa medicação está nos efeitos colaterais que muitas vezes não são tolerados
pelos pacientes.
Todos esses problemas desaparecem quando a medicação é suspensa e geralmente melhoram quando a dose é reduzida.
Considerações
importantes
Sob nenhuma circunstância deve ser usado junto a tranilcipromina
ou outros inibidores irreversíveis da MAO. O clomipramina deve ser evitado em
pacientes com glaucoma de ângulo fechado, durante o primeiro trimestre da gestação
(há evidências de risco para o feto). Pacientes com problemas urinários
obstrutivos (como o aumento da próstata) devem ter a utilização reavaliada porque
a Clomipramina favorece a retenção de urina na bexiga. Os testes de glicemia (açúcar
no sangue) podem ficar falsamente elevados por causa desse remédio. Pessoas com
epilepsia pode estar mais propensas a desenvolverem uma crise se estiverem tomando
o clomipramina. Devido ao longo período de circulação essa medicação pode levar
algumas semanas para ser completamente eliminada do sangue.
Última
Atualização: 24-07-2005
Ref. Bibliograf.:
Psychopharmacology The Third Generation of Progress 3º Ed 1987
Herbert
Y Meltzer